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danos ambientais mata atlântica amazônia
2008-06-25

Os perigos decorrentes do desequilíbrio do planeta foram analisados na manhã desta terça-feira (24/06), na audiência pública da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa gaúcha.

Enfrentar o desequilíbrio ambiental requer repensar o Brasil a partir dos diferentes biomas, Mata Atlântica, Pantanal, Amazônia e Caatinga, a fim de construir uma unidade favorável à vida. A síntese é do professor, filósofo e um dos fundadores da Comissão Pastoral da Terra, Ivo Poletto. Ele foi um dos palestrantes do seminário “Biomas e Biotecnologia”, promovido pela Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembléia Legislativa, na manhã desta terça-feira (24/06).

Segundo a presidenta do órgão técnico, deputada Marisa Formolo (PT), o evento faz parte de uma nova fase de trabalho, que visa a aprofundar estudos sobre temas relevantes e de interesse da sociedade. “O homem não é o centro do universo, mas sim a vida”, diferenciou. Ela defende a reeducação dos cidadãos sobre questões ambientais.

“O desequilíbrio no planeta Terra está perigoso para toda a forma de vida”, alertou Poletto. O estudioso estima que até 2100, a caatinga sofrerá sérios riscos em decorrência do aquecimento global. “Em alguns momentos haverá redução de chuvas e, em outros, enchentes em demasia”. Na Amazônia, acrescentou, os aquecimentos podem chegar até a 5 graus centígrados e, consequentemente, provocar mudanças graves em relação à precipitação de chuvas. “Já se prevê a diminuição da neve nos Andes. Se não houver mudanças rápidas, em 14 ou 15 anos não haverá mais gelo e isto significa que faltará água na Amazônia”, sinalizou.

O teólogo observa que a terra é um ser vivo que reage aos estímulos do homem. O grande desafio, na sua avaliação, é criar uma consciência sobre os efeitos do aquecimento global provocado pelo tipo de relação do homem com o planeta a partir do desenvolvimento econômico, da Revolução Industrial e da hegemonia do pensamento neoliberal quando o Planeta Terra passou a ser duramente agredido pelas emissões de gás.

Segundo Poletto, não passa de uma terrível ilusão achar que é possível levar sementes e tecnologias de um lugar para outro sem considerar a história da terra. “Cada bioma tem potencialidades e fragilidades próprias”, pontuou, acrescentando: “Temos o desafio de repensar nossa relação economia com o espaço em que vivemos. É preciso repensar a vida urbana. Temos dois caminhos: persistir ou mudar”.

Já o ex-deputado Frei Sérgio Görgen relacionou o bioma com a biotecnologia. “Estas duas questões se afastaram uma da outra. Biotecnologia é uma técnica que transforma a vida e é meramente comercial. É preciso saber utilizar as biotecnologias sem agredir a natureza e pensar na ética da vida. Há duas formas de encarar o mundo: a partir do todo ou olhando apenas para uma das partes”, frisou. 

Por sua vez, o professor da Universidade Católica de Pelotas e doutor em produção vegetal, Marcelo Dutra da Silva, disse que é preciso mudar o olhar de intervenções do homem. “E isto só se faz com uma mudança de cultura em relação ao ecossistema”, arrematou.

 O debate desta terça-feira será editado na Revista da Comissão de Educação e distribuído para os interessados.

(Por Stela Máris Valenzuela, Agência de Notícias AL-RS, 24/06/2008)


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