O Instituto de Criminalística do Instituto Geral de Perícias (IGP) da Capital realizou, ontem, a perícia no subsolo da mina da Carbonífera Criciúma SA, em Forquilhinha, onde um mineiro morreu em acidente de trabalho na última sexta-feira (20).
Após três horas no local, duas hipóteses serão trabalhadas para apurar as causas da morte de Valdomir dos Santos Albano, 40 anos.
O local do acidente, que estava isolado desde o fim de semana, deverá ser liberado, hoje, para a retomada das atividades. A equipe que integrou o grupo na vistoria foi composta por dois peritos, a delegada Eliane Viegas e um representante do Sindicato dos Mineiros de Criciúma.
Conforme a delegada, duas hipóteses foram levantadas para o corpo de Albano ter sido encontrado na linha do corredor de detonação.
- Ou ele não ouviu o apito de aviso ou se perdeu em alguma galeria, já que foi atingido pelas costas e na cabeça - acredita a delegada.
Albano teve traumatismo crânio-encefálico. A partir de agora, pelo menos oito pessoas serão ouvidas pela equipe de investigação. Entre elas, o detonador, o engenheiro de mina responsável e demais funcionários que estavam no local.
O perito criminal Celito Cordioli revelou que houve três explosões, duas delas simultâneas. Além desse detalhe, o local foi mapeado, vestígios foram recolhidos e serão anexados para averiguação. O laudo que apura as causas do acidente deverá ser concluído em 30 dias.
A morte de Valdomir dos Santos Albano ocorreu no início da tarde de sexta-feira. O corpo do mineiro-bombeiro, responsável pela drenagem da mina, foi encontrado pelos colegas a 24 metros do foco das detonações, local onde o operário não deveria estar, afirmou o engenheiro de minas Alfredo Febel.
(Por Ana Cardoso,
Diário Catarinense, 24/06/2008)