(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
passivos de hidrelétricas hidrelétricas no brasil
2008-06-24
A construção de uma hidrelétrica no rio Xingu cobrirá de água a casa de 16 mil pessoas, secará rios e incentivará os desmatamento na região, afirmaram ativistas e índios na quarta-feira em meio a um aumento da preocupação com a destruição da Amazônia.

A renúncia, na semana passada, de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente alimentou boatos de que o governo brasileiro acelerará a construção de estradas, oleodutos e usinas de energia na região a fim de dar sustentação a uma economia em rápida expansão.  A ex-ministra era vista como uma guardiã da floresta.

A represa de Belo Monte, projeto a cargo por enquanto da Eletrobrás, seria uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo, ficando atrás apenas da de Três Gargantas, na China, e da de Itaipu, dividida entre Brasil e Paraguai.

Mais de mil ambientalistas e indígenas reuniram-se nesta semana, na cidade de Altamira, norte do Pará, para protestar contra a represa e discutir alternativas.

O engenheiro da Eletrobrás, Paulo Fernando Rezende, foi ferido e ficou hospitalizado durante um breve período, na terca-feira, depois de um ataque de índios caiapó armados com bordunas e facões.  Depois de uma apresentação entusiasmada de Rezende, os índios reagiram iniciando uma dança de guerra.

Em nota, a estatal se disse "indignada" com o incidente e afirma que "tomará todas as providências necessárias para que os responsáveis pela agressão sejam punidos".

Diretores da Eletrobrás disseram na quarta-feira que os protestos não vai atrapalhar Belo Monte.  Para sexta-feira os índios e ambientalistas planejam uma manifestação em Altamira.

Em 1989, um protesto dos índios obrigou ao abandono de um projeto para a construção de uma represa semelhante.  Naquela época, as imagens de uma índia caiapó encostando a lâmina de seu facão no rosto do hoje presidente da Eletrobrás ganhou grande destaque nos meios de comunicação brasileiros e estrangeiros.

A represa de Belo Monte abarcaria cerca de 440 quilômetros quadrados e desviaria parte do rio Xingu, que corre para o norte em direção ao Amazonas.

Os moradores da região temem que sua fonte de peixes e água fique prejudicada e dizem que essa obra e a abertura de novas estradas atrairão mais colonos e agricultores para a região, acelerando o desmatamento.

"Estradas, prédios, empresas de serviços --como todos os grandes projetos da Amazônia, a represa trará mais destruição e poucos benefícios para os moradores locais", afirmou Ana Paula Santos Sousa, da Fundação Viver, Produzir e Preservar.

"INEFICIENTE"

As últimas grandes represas construídas na Amazônia, nos anos 70 --as de Tucuruvi e de Balbina--, provocaram falta de alimentos e a morte de rios, expulsando milhares de pessoas de suas casas, afirmou o grupo ambientalista ISA.

Pessoas contrárias ao projeto afirmam que o governo ignora as questões ambientais envolvidas.  Marina Silva viu-se cada vez mais isolada dentro do governo devido a sua oposição aos grandes projetos de infra-estrutura na região.

"Esse governo vê no licenciamento ambiental um mero processo burocrático.  Na verdade, eles não se importam com o que mostram os estudos de impacto ambiental", afirmou por telefone, à Reuters, Marco Antonio Delfino, promotor público em Altamira.

Na semana passada, um juiz suspendeu temporariamente os preparativos para a licitação do projeto, prevista para 2009, citando irregularidades no licenciamento ambiental, disse Delfino.

O governo afirma que, com a economia do Brasil crescendo a uma taxa de 5 por cento ao ano, a construção de usinas hidrelétricas em alguns dos muitos rios da vasta região amazônica é necessária para garantir o suprimento de energia durante a próxima década.

"O Brasil precisa de energia limpa com o menor custo possível para a sociedade", disse a Eletrobrás em um comunicado.  Belo Monte representaria a melhor opção porque a grande quantidade de energia a ser produzida ali poderá ser facilmente integrada na rede nacional de distribuição, afirmou.

Na segunda-feira, um consórcio liderado pela empresa francesa Suez venceu a licitação para construir uma de duas usinas hidrelétricas previstas para o rio Madeira, na Amazônia, e que juntas foram orçadas em mais de 12,7 bilhões de dólares.

A construção da Belo Monte levaria cinco anos e a usina geraria mais de 6 por cento da demanda brasileira por energia.

Devido à sazonalidade das chuvas, a usina produzirá menos de 10 por cento de sua capacidade de 11.181 megawatts durante quase metade do ano, mostram estudos preliminares da Eletrobrás.

"Essa será a represa mais ineficiente do mundo", afirmou Glenn Switkes, diretor do grupo International Rivers.

(Agência Estado, FGV, 23/06/2008)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -