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aves
2008-06-23

A partir de agosto o Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestre (Nurfs) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) começa a aprimorar o sistema de monitoramento das aves reintegradas ao meio ambiente. Ao invés da tradicional anilha presa a uma das patas, os animais deixarão o Nurfs com um chip implantado na região subcutânea do peito. O método, moderno, permite que de longe - em moldes similares às leitoras de preços dos supermercados - identifique-se que o exemplar é o mesmo que passou por atendimento. É uma espécie de identidade que o animal recebe ao voltar ao habitat.

Mas os investimentos não param por aí. Hoje a capacidade máxima é de abrigar até 1,2 mil bichos, entre aves, répteis e mamíferos. A expansão da área de viveiros - em parceria com a iniciativa privada, que ainda pode apoiar o projeto - permitirá saltar para três mil animais, com a criação de uma área específica para emergências. O espaço destinado à quarentena - onde eles permanecem até passar por uma bateria de exames - também mudará de local e ganhará melhorias. Irá funcionar junto à futura sede do Núcleo, com 400 metros de área construída.

O coordenador do Nurfs, biólogo Luiz Fernando Minello, vibra com a fase que está por vir, mas se preocupa em enfatizar: “Não somos um zoológico.” A unidade existe desde 1996, com objetivo que o próprio nome já adianta: salvar os animais silvestres. A maioria deles chega pelas mãos da 3ª Companhia Ambiental da Brigada Militar e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em ações de fiscalização. São casos de cativeiro ou venda ilegal e maus-tratos. Há também as situações de animais órfãos, doentes ou acidentados que, com essas características, vêm muitas vezes pelas mãos do cidadão comum.

Entenda melhor
O primeiro passo é a quarentena, onde o animal se submeterá a exames físicos e sangüíneos, para verificar e tratar qualquer problema que coloque a vida dele e dos outros sob risco. Bactérias, parasitas. Tudo precisa ser descartado. No caso das aves, um teste de vôo também irá indicar se está em condições de, em breve, receber alta.

Um estudo detalhado, para identificar a origem do animal, é fundamental para a reinserção à natureza obter sucesso. Os que são pegos pelos órgãos ambientais, em seguida da captura, tendem a ser devolvidos rápido ao ambiente. Desde que a saúde esteja bem, o período de 40 dias não precisa ser cumprido, sob pena de o animal se domesticar, explica o professor.

Hoje, das cerca de 400 aves do Nurfs, em torno de 90% estão sub judice. Não é possível nem investir na reintegração ao habitat nem entregar para criadores oficiais e preservacionistas. Até a sentença final, os antigos donos poderão reaver a posse. Enquanto isso, no entanto, o sinal de alerta acende no Nurfs. Só há espaço para mais 200 aves. “E nós nunca sabemos o que irá ocorrer amanhã”, lembra Minello, ao se referir a eventuais acidentes.

Suporte e contato com a comunidade
Para atingir o papel de salvar vidas, a equipe do Nurfs - composta por 15 integrantes - conta com importante retaguarda: são aproximadamente 90 profissionais dos laboratórios da Faculdade de Biologia e do hospital da Faculdade de Veterinária, que garantem o suporte para cirurgias, Raios X, tomografias, ressonâncias... Isso sem falar em outras faculdades que se engajam ao trabalho do Núcleo, como os alunos do Direito, encarregados de forçar a agilidade dos processos judiciais que irão tanto definir o destino dos animais, como garantir que outros poderão ser socorridos.

A comunidade também pode se aproximar da atuação do Nurfs. Cerca de 120 crianças, jovens e adultos visitam o local todos os meses e saem dali, mesmo que sem uma lição formal, cientes da importância de se preservar o ambiente.

São cardeais, canários-da-terra, bico-duro, trinca-ferro, caturritas, papagaios... São macacos (como o bugio), gatos-do-mato, graxains, mão-pelada, capivaras, veado... Entre os répteis, três ficarão para o trabalho de educação ambiental com os pequenos visitantes: a jacaré fêmea, hoje com seis meses de idade, o lagarto de aproximadamente 20 anos, atacado duas vezes por cachorros, e a iguana, que ao comer bananas, muda de cor; perde a tonalidade verde e fica com todo o corpo preto. Tende a ser o xodó da criançada.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3275-7227.

(Por Michele Ferreira, Diário Popular, 23/06/2008)


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