Após uma série de polêmicas, as obras de instalação do aterro sanitário na Vila da Quinta devem ser retomadas hoje. A informação foi repassada pelo secretário municipal de serviços urbanos, Jefferson de Freitas Lopes. Mesmo com licença de execução da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) o projeto teve interdição do Instituto de Preservação do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) há dois meses porque não previa o acompanhamento de um arqueólogo in loco que garantisse que o aterro não estaria sendo construído em local com presença de sítio arqueológico, tendo em vista a proximidade de uma área dessa na mesma localidade e o fato de que os sítios arqueológicos são patrimônio público.
Diante da exigência, de acordo com o arqueólogo do Iphan, Tobias Vilhena, a empresa Rio Grande Ambiental - responsável pelo projeto -, incluiu não somente um arqueólogo mas também um arquiteto que acompanhará a obra diariamente.
Assim, parece encerrada uma questão bastante discutida entre a comunidade rio-grandina, já que no início das instalações do aterro, moradores da Vila da Quinta chegaram a fazer uma manifestação contrária à construção do aterro sanitário naquele local. Mas, com a garantia das secretarias municipais de meio ambiente e de serviços urbanos, da Fepam e da direção regional da empresa Rio Grande Ambiental, esse é um capítulo encerrado de uma melhoria que se assemelhou a uma novela. O último capítulo deve ser a inauguração do aterro, prevista para o fim do ano.
(Diário Popular, 23/06/2008)