O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, informou na sexta-feira (20/06), no Rio, que pretende usar a experiência adquirida quando esteve à frente da Secretaria do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro para reduzir o passivo ambiental - áreas degradadas ou poluídas - hoje existente em todo o país.
“Vamos fazer a nível nacional o que a secretaria [do Ambiente] fez aqui no Rio de Janeiro: vamos identificar os principais passivos [ambientais] e estabelecer parcerias com empresas públicas e privadas. Vamos correr atrás desses passivos, seguindo o exemplo do Rio de Janeiro, que identificou, procurou as parcerias, fez as instruções e está avançando na redução do seu passivo ambiental. O que nós queremos é replicar essa experiência a nível naciona."
A informação foi dada por Minc ao participar da solenidade de assinatura do termo de cooperação para a retirada de resíduos industriais do Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos (Centres), em Queimados, na Baía de Sepetiba, município da Baixada Fluminense.
O local, um depósito desativado de produtos tóxicos, abriga o segundo maior passivo ambiental do Estado – atrás apenas da Fábrica Mercantil Ingá e à frente da Cidade dos Meninos -, com cerca de 29 mil metros cúbicos de resíduos tóxicos, como cádmio, ascarel e cianeto, entre outros produtos tóxicos armazenados em valas e em galões enterrados no solo e que podem causar sérios danos à saúde da população vizinha, inclusive câncer.
Minc citou como exemplos de cidades nessas condições no país Cubatão, Campinas e no Costão de Santos, (todas em São Paulo), onde existem grandes passivos ambientais, assim como em áreas de mineração, cujo solo foi completamente avermelhado e contaminado com os subprodutos da bauxita – todos nocivos à saúde.
Ainda na Secretária do Ambiente, o ministro Carlos Minc participou da solenidade de concessão das primeiras licenças ambientais para assentamentos rurais no Rio.
Na ocasião, a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), órgão vinculado à Secretaria do Ambiente, liberou licenças prévias para assentamentos rurais nas fazendas Aymoré e Estrela Branca, nos municípios de Piraí e Barra do Piraí, respectivamente. Implementada em atendimento à legislação ambiental, à medida beneficiará 77 famílias.
(Por Nielmar Oliveira, Agência Brasil, 20/06/2008)