A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a implantação 27 parques eólicos no Rio Grande do Sul. A execução dos projetos, que envolvem investimentos no valor de R$ 3 bilhões e a geração de 1.566 megawatts (MW), exige a realização de um leilão específico.
O coordenador da Assessoria Técnica da Secretaria de Infra-Estrutura e Logística, Edmundo Fernandes da Silva, ressalta que os investidores estão empenhados na revisão de custos. 'Atualmente, o custo do quilowatt (kW) de energia eólica está acima de R$ 200,00. Em um leilão, a cotação chega, no máximo, ao valor de R$ 140,00', assinala.
O Ministério de Minas e Energia e o governo do Estado, além dos próprios empreendedores, estão empenhados, por intermédio de reuniões constantes, na busca de uma alternativa viável que colabore para uma redução de custos.
'A energia eólica é sazonal e complementar. Não é uma energia firme, aos moldes da térmica e da hídrica', frisa. Silva argumenta que, por ser complementar, é mais cara que as demais. Segundo ele, o Rio Grande do Sul já concluiu os estudos de seus potenciais eólicos, porém adiantou que o governo federal realiza uma reavaliação no país.
O objetivo é quantificar o real potencial dos estados para a implantação de plantas eólicas. O Rio Grande do Sul conta exclusivamente com o Parque Eólico de Osório – maior da América Latina – em operação. 'A orla marítima reúne ótimas condições para a implantação', destaca. Os empreendedores interessados em investir no Estado pretendem instalar unidades em 16 municípios. Santa Vitória do Palmar poderá receber quatro parques. Já Mostardas e Osório totalizariam outros seis – três em cada um.
'Há ainda seis investimentos previstos para Palmares do Sul, Rio Grande e São Francisco de Paula, sendo dois em cada município', observa o engenheiro João Carlos Felix, assessor técnico da Secretaria de Infra-Estrutura e Logística. Existem também projetos para Arambaré, Maquiné, Capão da Canoa, Xangri-Lá, Imbé, Giruá, Cidreira, Jaguarão, Piratini e Santana do Livramento. Conforme Felix, o governo do Estado estuda a implantação de programa específico de incentivo ao setor.
(Por Luciamem Winck, Correio do Povo, 22/06/2008)