RIO - A Galvani mineração foi a empresa vencedora da concorrência feita pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB) para a exploração de urânio. A iniciativa pioneira prevê o início da exploração em 2014. No ano seguinte, quando deve ocorrer o pico de produção, deverão ser lavradas 240 mil toneladas de fosfato e 1,5 mil toneladas de urânio por ano.
De acordo com as regras da carta-convite enviada às empresas, a mineradora vencedora terá que desassociar o fosfato do urânio na reserva de Santa Quitéria (Ceará). Desta forma, a venda de fosfato caberá à Galvani, enquanto o urânio terá uso exclusivo da INB.
O presidente da INB, Alfredo Tranjan, disse que a Galvani foi escolhida por apresentar a melhor proposta técnica e econômica para a INB. "A Galvani ficará responsável por todo o investimento. Serão investidos R$ 342 milhões para a produção do fosfato e outros R$ 35 milhões para a produção de urânio", afirmou o executivo.
A estratégia da INB de encontrar um parceiro para a produção de urânio está em linha com a expectativa do Ministério de Minas e Energia de tirar do papel a usina de Angra 3 e de construir outras oito usinas nucleares até 2030.
(Daniele Carvalho, Agencia Estado, 19/06/2008)