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desmatamento da amazônia
2008-06-20
Os governadores de Mato Grosso, Blairo Maggi, e de Rondônia, Ivo Cassol, participaram de audiência pública na Câmara dos Deputados para dar explicações sobre o fato desses estados estarem entre os campeões de desmatamento na Amazônia, ficando atrás apenas do Pará.

A reunião foi realizada pela Comissão do Meio Ambiente e de Desenvolvimento Sustentável (CMADS) e requerida pelos deputados Sarney Filho (PV/MA), Homero Pereira (PR/MT) e Moreira Mendes (PPS/RO). Um dos motivos para o pedido da reunião foi devido à declaração de Blairo Maggi, em que defendeu a ocupação de novas áreas na região e a retirada de árvores para produzir comida.

Para Sarney Filho, mesmo que o governador tenha defendido o desflorestamento legalmente autorizado, está usando, na verdade, a crise internacional de alimentos para pressionar flexibilizações no controle do desmatamento na Amazônia.

De acordo com dados do Projeto Prodes – de monitoramento por satélite da Floresta Amazônica – no período de 2006 a 2007 foram devastados 2.476 Km² de florestas em Mato Grosso e 1.465 Km² em Rondônia.

Em seu discurso, Blairo Maggi defendeu a concessão de créditos de longo prazo e juros baixos aos pecuaristas. Segundo ele, uma das alternativas no combate ao desmatamento seria uma política de produção alternada entre as atividades de pecuária com a de agricultura. “Essa medida vai aumentar a produtividade sem pressionar a abertura de novas áreas de floresta”.

Além disso, Maggi declarou que a alternância de atividade também aumentaria a oferta de alimentos e ajudaria na recuperação mais imediata dos nutrientes da terra destinada à pecuária. “A proposta de crédito para os pecuaristas já foi discutida na semana passada com o Banco Mundial, no entanto, essa iniciativa precisa ser adotada como política pública para entrar em vigor”.

O deputado Homero Pereira disse concordar com a proposta de Maggi de transformar pastagens degradadas em áreas de agricultura. “ Essa alternativa seria uma forma inteligente de recompor as áreas degradadas”.

O governador também criticou o Ministério do Meio Ambiente (MMA) em relação ao combate do chamado “boi pirata”. Esses bois são criados em áreas desmatadas e, segundo Maggi, estima-se que totalizem 10 milhões de cabeças no estado de Mato Grosso. “Apreender essa quantidade de gado afetaria o preço da carne nos supermercados”, avaliou.

De acordo com os dados apresentados pelo governador, 64% do território de Mato Grosso é totalmente preservado. A produção de grãos ocupa uma área de 7,8% e a pecuária um total de 25,8% da região.

Para o Estado de Rondônia, Ivo Cassol disse, em entrevista exclusiva a AmbienteBrasil, que os problemas na região são complexos, mas que acredita nas novas propostas de combate ao desmatamento apresentadas pelo novo ministro do MMA, Carlos Minc.

“Iniciamos um trabalho de conscientização nas escolas com os filhos dos nossos moradores e agricultores, para que eles possam mostrar aos seus pais que, desmatando a floresta, estão prejudicando o solo, deixando-o improdutivo para a agricultura”, declarou Cassol ao portal. Ele informou ainda que o zoneamento econômico-ecológico do Estado já foi aprovado pelo MMA.

Ainda segundo o governador, o Estado conseguiu diminuir o índice de desmatamento em 60% desde 2006. No entanto, o principal problema da região é quanto às invasões de terras. “Rondônia precisa, urgentemente, de uma política fundiária eficiente, o Incra praticamente não existe no nosso estado”.

Para o deputado Moreira Mendes (PPS/RO), o estado precisa de ações de combate ao desmatamento com políticas que valorizem a floresta de pé. “Temos que encontrar soluções efetivas. É preciso ter compensação ambiental, mas não há projetos do Governo nesse sentido”, critica.

Sobre esse assunto, Ivo Cassol sugeriu a criação de uma contribuição nos moldes da Contribuição Social da Saúde (CSS). “Por que não se pode criar um tributo de 0,05% para a preservação da Amazônia? É preciso botar a mão no bolso para ajudar na conservação da floresta. De conversa estamos cheios”, disse.

O governador afirmou ainda que as medidas para combater o desmatamento na Amazônia devem ser tomadas de “baixo para cima”. “O Governo tem que ouvir a   população e os governadores, pois, apesar das críticas, nós sabemos quais são os problemas reais da Amazônia e temos idéias, sim, para o desenvolvimento daquela região”, defendeu Cassol.

(Por Fernanda Machado / AmbienteBrasil, 20/06/2008)



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