O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, afirmou que o seu Estado reduziu a área desmatada de 11.814 km² para 2.476 km² entre 2003 e 2007, uma área equivalente à da cidade de São Paulo. Ele disse que esses dados foram obtidos por meio da metodologia Prodes - Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia, utilizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O governador contestou, no entanto, outra metodologia utilizada pelo Inpe, o sistema Deter - Detecção de Desmatamento em Tempo Real. Diferentemente do Prodes, o Deter registrou um forte aumento no desmatamento em Mato Grosso.
O sistema Deter considera como área desmatada aquela onde ocorreu corte raso e degeneração progressiva da floresta. Já o Prodes detecta só o corte raso.
Divergências
O governador explicou que, após a divulgação dos números do Deter, os técnicos do estado saíram a campo para verificar os 660 pontos indicados como foco de desmatamento. Esses técnicos verificaram que o desmatamento era apenas 10% do número apontado pelo Inpe.
"Assim como o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, eu não quero brigar com um termômetro. Mas temos que saber se a febre é de 40 graus ou de 37 graus. E queremos também que o termômetro seja aferido", afirmou o governador. No mês passado, Minc disse que Blairo Maggi estava brigando com o termômetro por contestar os índices de desmatamento apresentados pelo Inpe.
Blairo Maggi participou de audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Congresso. Ele disse que a redução do desmatamento no estado ocorreu graças às políticas adotadas pelos governos estadual e federal.
(Por Mônica Montenegro, Agência Câmara, 19/06/2008)