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alta no preço dos alimentos segurança alimentar agricultura familiar
2008-06-20

A agricultura camponesa tem se mostrado um dos mais importantes setores para a economia brasileira na produção de alimentos. Dados apontam que o setor é responsável por 40% da produção agrícola no Brasil e por 70% do que é consumido pela população.


Para o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf-Sul), Altermir Tortelli, os dados comprovam a eficácia da agricultura camponesa neste momento em que os preços dos alimentos estão muito altos. No entanto, reclama que falta incentivo do governo para que a agricultura camponesa combata a alta dos preços dos alimentos.

“Se o governo brasileiro, de fato, quiser enfrentar o tema do desabastecimento alimentar, quiser manter a estabilidade da economia no Brasil, o caminho é fortalecer, em primeiro lugar, um processo de aceleramento da reforma agrária no Brasil para que milhares de famílias, ou milhões de famílias, podem ter condições de ter produção na propriedade para o seu auto consumo”, diz.

A Fetraf-Sul já apresentou proposta para o governo federal, na qual pede R$ 13 bilhões para o Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf) este ano. Também exige o estímulo à produção diversificada nas lavouras e o aumento da assistência técnica. Hoje, existe um técnico para 2.500 famílias. O razoável seria um técnico para cada 150 famílias.

Para o coordenador estadual do Movimento dos Pequenos Agricultores no Rio Grande do Sul (MPA), Aurio Scherer, os únicos que têm condições para resolver o problema da falta de alimentos são os pequenos agricultores. A produção do agronegócio, voltada para a exportação, acaba ficando a mercê dos preços internacionais e, muitas vezes, colabora para a alta dos alimentos.

“Somos nós que produzimos os alimentos que chegam à mesa do povo brasileiro e também que chegam à mesa de todas as pessoas em todos os países do mundo, porque os grandes proprietários, os grandes latifundiários, historicamente, produzem pouco, desviam os recursos que pegam do sistema financeiro com juros subsidiados para outros fins e não aplicam na propriedade”, diz.

Aurio ainda aponta que a produção integrada de energia renovável e alimento é outra alternativa para a pequena propriedade. No entanto, alerta que ao mesmo tempo são necessárias políticas governamentais para estimular os trabalhadores a permanecer nas suas terras. O economista Sérgio Kaplon avalia que as políticas públicas para a pequena agricultura é o que pode aumentar rapidamente a produção de alimentos e combater a alta dos preços.

“Boa parte dos produtos que estão tendo aumento de preço nesse período, que não é um problema do Brasil, mas sim uma questão mundial, principalmente pela incapacidade do sistema econômico em planejar uma oferta adequada de alimentos à demanda, o que estamos vivendo hoje, um desequilíbrio, uma redução na oferta de alimentos para consumo e um aumento em algumas regiões do mundo de demanda, isso que tem levado a um aumento de preço”, diz.

Sérgio também aponta que sejam criadas tecnologias alternativas para a pequena produção, a fim de que não dependa dos insumos das grandes indústrias. Ele analisa que além do agronegócio, as multinacionais colaboram com a alta dos preços. “Que são os setores oligopolizados e que fertilizantes e adubos também têm uma alta de preços, são controlados por grandes multinacionais, assim como boa parte das sementes e que, sem dúvida, estão se aproveitando deste momento para ter algum ganho nessa alta de preços”, diz.

(Por Paula Cassandra, Agência Chasque, 19/06/2008)

 


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