A indústria nuclear faz um esforço global para se vender como uma solução para o aquecimento global. Os reatores atômicos, que geram eletricidade sem emitir gás carbônico, seriam uma alternativa para as termelétricas a carvão, gás ou óleo. Mas até agora o investimento nas nucleares patina.
Segundo um levantamento recente feito pelo Instituto Worldwatch, a fonte de energia que menos cresceu no mundo foi a nuclear. A capacidade instalada das usinas nucleares no mundo cresceu menos de 2.000 megawatts em 2007. É um décimo da capacidade de novos campos de energia eólica (dos ventos) instalados pelo planeta. A energia nuclear cresceu apenas 0,5% em 2007. Já as eólicas cresceram 27%.
No fim de 2007, a informação corrente era que 34 novos reatores estavam em construção. Mas 12 deles estão em obras há mais de 20 anos. Os países que mais investem nos reatores são a China e a Índia. Cada um com seis novas usinas. Por outro lado, mais de 124 reatores foram desativados desde 1964. Além das incertezas sobre a segurança das usinas, o problema é o custo. As obras em andamento sofrem com atrasos e estouros de orçamentos.
(Por Alexandre Mansur, Blog do Planeta, 19/06/2008)