Primeiro passo para o projeto foi aprovação da proposta da Energy Sul pela Assembléia LegislativaUm projeto audacioso pretende colocar Santa Catarina no mapa da produção sucroalcooleira do país e formar o primeiro pólo alcoolquímico da Região Sul. O primeiro passo já foi dado com a aprovação da proposta da Energy Sul pela Assembléia Legislativa.
Ontem, a empresa fechou um termo de confidencialidade com o Trend Bank para participação de fundos de investimento no projeto e hoje assina com a Peugeot uma parceria de apoio a Copa Peugeot de Velocidade.
Conforme o diretor da Energy Sul, Almir José de Aguiar, quatro anos de estudos apontam que a cana-de-açúcar pode ter alta produtividade no Estado, superando inclusive a produção de São Paulo, onde rende 110 toneladas por hectare. O teor de açúcar também pode ser superior na Região Sul.
- Por isso, apostamos no projeto, que já foi aprovado pela Assembléia Legislativa e agora está em processo de captação de acionistas - explica.
Aguiar diz que o objetivo não é construir a empresa com endividamento, mas sim garantir 100% dos recursos através de acionistas para dar andamento ao projeto sem financiamentos. Conforme o diretor, dois acionistas alemães já fecharam com o projeto e a Logocenter de Joinville também.
- A Energy Sul pretende produzir e vender produtos energéticos a partir de policulturas de origem vegetal no sistema de plantação de minifúndios para abastecimento dos mercados da Região Sul e exportação - diz.
Centro de pesquisa vai custar R$ 12 milhões
Para tanto, o primeiro passo é a construção de um Centro de Pesquisa de Produtos da Cana, que vai demandar R$ 12 milhões, no Norte do Estado. O projeto já tem 400 hectares de área de agricultores integrados, onde estão plantadas mudas que vão render 5 mil hectares de plantação. As usinas estão previstas para operarem em 2010, quando já houver produção suficiente de cana.
- O objetivo é atingir 100% de produção do Sul e 1% da produção nacional, hoje em 700 milhões de toneladas por ano, com a operação das três usinas. O projeto também prevê um selo verde, porque estimula a produção de cana em apenas 25% da área dos integrados e exige que outros 25% sejam de mata preservada, restando portanto, 50% de área para a policultura - destaca.
(Por Simone kafruni, Diário Ctarinense, 19/06/2008)