Ministro da Justiça destacou a necessidade de o Brasil assumir sua soberania na região.
Para ele, há ONGs que desvirtuam seus papéis e até participam de exorcismo com índios.
O ministro da Justiça, Tarso Genro, criticou, nesta quarta-feira (18), a atuação de algumas Organizações Não-Governamentais (ONGs) na região amazônica que desvirtuam suas ações. Segundo ele, está em tramitação no Ministério da Justiça (MJ) uma proposta – que será apresentada ao Congresso Nacional - para reavaliar a situação das ONGs na Amazônia.
O anúncio foi feito em resposta a comentários feitos por parlamentares a respeito da interferência de estrangeiros e pessoas mal intencionadas na Amazônia, durante audiência pública da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) foi um dos que relataram casos da interferência indesejada. “Estive lá em 2003 e vi que é muito fácil os estrangeiros entrarem e interferirem na região”, reclamou o parlamentar. O ministro Tarso Genro foi enfático: “A Amazônia é patrimônio da humanidade, mas, antes disso, é território nacional.”
'Patrimônio da humanidade'
Genro contou que há Organizações Não-Governamentais que chegam a realizar cultos de exorcismo com indígenas na Amazônia. “Existem ONGs que fazem um trabalho sério e têm um papel relevante e outras que não fazem”, lamentou.
Para o ministro, a região amazônica é uma questão nacional estratégica que merece atenção. “É preciso combinar progresso, ocupação legal e sustentabilidade”, ressaltou.
Além da proposta que limita a atuação das Ongs, Tarso Genro ainda destacou outra ação do poder executivo para reforçar a nacionalidade da região amazônica. “O governo vai reverter integralmente a soberania do País no controle da Amazônia”, assegurou.
* Com informações da Agência Câmara
(G1, 18/06/2008)