As mineradoras capixabas se comprometeram junto à Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Seama), a realizar um estudo que defina uma forma para o transporte e a destinação final em aterros dos resíduos sólidos da serragem e polimento de rochas ornamentais no Estado. A medida faz parte de um termo de cooperação firmado entre o órgão e o Sindirochas.
A iniciativa é cobrada há anos por ambientalistas. Segundo eles, desde 2003 é discutido um projeto, em parceria com diversos órgãos e sindicatos, que daria fim à poluição causada pela mineração nesta área, inclusive propondo o reaproveitamento do mármore e granito, mas só agora um estudo será realizado com este objetivo.
Em 2005, o Sindimármore chegou a divulgar que um projeto de aproveitamento dos restos da exploração dos minerais havia sido elaborado em parceria entre o sindicato, a Secretaria de Estado do Trabalho e Assistência Social, prefeituras, Sebrae e Bandes. A proposta previa a utilização de restos de pedreiras na construção de muros de arrimos, calçamento de vias públicas e até na produção de artesanato, mas também não chegou a ser implementado.
De acordo com a lei, a exploração das pedreiras só pode ser feita com licença ambiental. Entretanto, na prática isso não ocorre, causando prejuízos ao meio ambiente, como a destruição da vegetação nativa e de nascentes, assoreamento e o despejo dos resíduos destas atividades destas de forma indiscriminada no meio ambiente.
A grande quantidade de resíduos gerados pela atividade industrial de rochas ornamentais constitui-se em um grave problema ecológico, inclusive, de extrema relevância para as regiões produtoras como o norte, o noroeste e o sul do Estado.
(Por Flávia Bernardes,
Século Diário, 18/06/2008)