É conhecida a “regra” da natureza de que as árvores devem ser podadas nos meses sem o “erre”. O período compreende as estações mais frias e, em Rio Grande, o serviço é feito entre maio e agosto. De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente (SMA), há atualmente cerca de cem pedidos de poda de árvores que oferecem algum tipo de risco, seja para a fiação de telefone ou energia, como também as que obstruem a visibilidade de placas e sinaleiras.
Cerca de quatro mil árvores são podadas todos os anos no município. O serviço é terceirizado e executado sob a supervisão de um agrônomo da empresa contratada e de um técnico da SMA. Em alguns casos, o secretário de Meio Ambiente Norton Gianuca explica que é necessário pedir o desligamento da energia.
Em fevereiro, Edelmira da Silveira Fonseca solicitou à prefeitura a poda e retirada de duas das quatro árvores que contornam a casa onde mora sua filha e o genro, no bairro Cidade Nova. Ela disse que o serviço foi feito por conta própria, já que os galhos alcançavam os fios e impediam a claridade do andar superior da casa. “Em abril, os técnicos verificaram o estado das árvores e viram que elas deveriam ser retiradas”, disse. No parecer da vistoria técnica foi identificado tronco necrosado e raiz exposta, devendo ser substituídas. No entanto, desde então não houve novas visitas.
Seguindo o programa de arborização do município, a SMA possui uma câmara com plantas que podem se desenvolver em local apropriado. Para calçadas em que há fios, podem ser aproveitados ibiscos ou chuva de ouro. Edelmira pretende plantar uma nova espécie no local, de forma que ela não atrapalhe os fios ou suas raízes prejudiquem a estrutura da calçada. “Fiz isso com as árvores em frente à minha casa e que a prefeitura retirou. Deverei plantar plátanos no local”.
(Por Camila Almeida, Diário Popular, 18/06/2008)