Enquanto os representantes dos 8 países mais ricos do mundo se reúnem em Hokkaido, Japão, no evento previsto para os dias 7, 8 e 9 de julho, os movimentos organizados na Via Campesina desenvolvem diferentes ações de mobilização com atividades que serão realizadas entre os dias 4 e 7 de julho.
Durante a cúpula do chamado G8 (grupo formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia), se realizará o "Dias de Ação dos Povos". Até o dia 7, haverá debates, manifestações de mulheres, celebração pelo Dia da Soberania Alimentar e uma coletiva de imprensa para apresentar os dados mais recentes sobre a questão alimentar.
Em comunicado, a Via Campesina disse que os governos que compõem o G8 "impuseram políticas que são a causa original da crise dos alimentos e da agricultura". Essa política se fortaleceu nos anos 70 e deixou 852 milhões de pessoas na extrema pobreza, a maioria delas vivendo em áreas rurais. Agora, a crise dos preços dos alimentos chega às cidades, onde as pessoas já não conseguem comprar comida suficiente.
Para mudar essa realidade, a Via exige que o G8 detenha a produção de agro-combustíveis dirigida pelas grandes companhias; não libere os mercados agrícolas e pesqueiros; e suspenda as negociações da OMC, ALC e EPA. Além de assumir responsabilidade total pela crise climática e de alimentos.
"Necessitamos de uma análise profunda sobre a crise e o desenvolvimento de políticas em nível internacional e nacional que protejam e reforcem a produção de alimentos baseada nos camponeses e nos pequenos produtores", disse o comunicado. E acrescentou: a produção de alimentos baseada nos camponeses e nos pequenos produtores e na agricultura é a melhor resposta à crise climática e de preço dos alimentos.
(Adital, 17/06/2008)