Técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) apresentaram na tarde de ontem (17/06), na reunião do Comitê do Lago Guaíba, os programas Guaíba Vive e Pró-Dilúvio, com enfoque na Recuperação das Nascentes e Matas Ciliares do Arroio Dilúvio e seus afluentes. O encontro reuniu 40 participantes na sede da Smam.
Na abertura, o secretário municipal do Meio Ambiente, Miguel Wedy, afirmou que a relevância do Comitê impõe um diálogo permanente e propôs que outras reuniões sejam realizadas na secretaria. O presidente do Comitê do Lago Guaíba, Luiz Fernando Sybis, agradeceu e aceitou novos convites. Ele ressaltou o aspecto institucional do Comitê e reivindicou acento no Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comam).
Projetos
A apresentação do Guaíba Vive e do Pró-Dilúvio ficou a cargo do biólogo Rodrigo da Cunha. O projeto foi elaborado em 2005, com a participação da Secretaria do Planejamento Municipal (SPM) e dos departamentos de Esgotos Pluviais (DEP) e de Água e Esgotos (Dmae), além da prefeitura de Viamão e da Emater. Entre as ações previstas estão o monitoramento e a análise das águas, educação ambiental dentro e no entorno do Parque Saint'Hilaire, produção e plantio de 150 mil mudas de espécies nativas nas margens de arroios e córregos, construção de um banco de sementes para armazenamento e germinação e diagnóstico das propriedades beneficiadas pelo projeto, através de geoprocessamento. O termo de cooperação foi firmado entre prefeitura, governo federal e Emater/RS.
Na reunião, também foram apresentados o Programa Delta do Jacuí Sustentável - Projeto Grumatã, pela bióloga Janine Fregapani Barbosa e o professor Uwe Shulz, da Unisinos, e Marina Comunitária - Ancoradouro Praia do Lami, pela estudante Joana Bassi, da Ufrgs. O primeiro projeto envolve nove comunidades de pescadores e tem como objetivo desenvolver um modelo de gerenciamento com gestão compartilhada dos recursos pesqueiros, envolvendo pesquisa científica, manejo ambiental e desenvolvimento social.
Atracadouro
O segundo projeto refere-se a uma solicitação e justificativa de construção de atracadouro para pescadores artesanais profissionais no Bairro Lami, tendo como instituições parceiras a ONG Camp (Centro de Educação Popular) e o Núcleo de Estudos em Desenvolvimento Rural Sustentável e Mata Atlântica (Pós-graduação em Desenvolvimento Rural da Ufrgs). O trabalho, que envolve 12 famílias vinculadas à Colônia de Pescadores Z4, propõe a instalação de um atracadouro a cerca de 300 metros da Reserva Biológica do Lami, para ancoragem de aproximadamente 30 embarcações. Foi projetada uma abertura no ancoradouro para fluxo e circulação de animais silvestres, com destaque para capivaras e jacarés.
(Prefeitura de Porto Alegre, 17/06/2008)