A chefe de fiscalização do Norte /Noroeste do Instituto Estadual de Florestas (IEF/RJ) e da Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba (EEEG), Vânia Gomes, alertou em entrevistas e através de Notificações Preventivas aos produtores e empresários do setor canavieiro sobre as queimadas que antecedem a colheita da cana-de-açúcar, por ser uma prática comum entre os agricultores e que contribui para os incêndios florestais na região.
Segundo ela, tanto os produtores quanto as usinas que beneficiarem a cana colhida após queimadas, podem ser punidos pelo IEF/RJ, de acordo com a legislação estadual (Lei Estadual 2049/92). De acordo com a administradora da estação ecológica, seis usinas de Campos foram notificadas preventivamente para não adquirir cana queimada em setembro e outubro do ano passado. Caso haja o descumprimento da solicitação contida nas notificações, poderão ser os usineiros e produtores de cana autuados e multados.
O período de colheita da cana, que vai de junho a setembro, coincide com a estiagem que aumenta o risco de incêndios florestais. Haverá fiscalização ao longo do período de colheita, tanto nas usinas quanto nas plantações de cana situadas no entorno da estação ecológica, em São Francisco de Itabapoana e regiões no município de Campos.
A Estação Ecológica de Guaxindiba, uma unidade de conservação de proteção integral, que só permite uso para fins de educação ambiental ou pesquisa científica, sofreu em setembro de 2007 dois incêndios florestais, que devastaram cerca de 6 mil metros quadrados de vegetação. Dois proprietários rurais foram autuados por promoverem as queimadas que provocaram o incêndio florestal.
Criada em 2002, com 3.260 hectares, a Estação protege um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica da região Norte do estado.
(
O Dia, 16/06/2008)