Durante ações de combate à dengue, cidades como Porto Alegre depararam com um estorvo de centenas de toneladas: pneus velhos, focos do mosquito transmissor.
Na Capital, a estimativa da associação dos fabricantes é de que um milhão de unidades vão para as ruas por ano. A maioria termina em arroios ou em terrenos baldios.
Obrigados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), fabricantes e importadores devem dar destino final adequado aos seus produtos. A saída foi realizar convênios com órgãos públicos, facilitando o recolhimento.
Desde 2005, uma parceria entre a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) e o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) ajuda a dar fim ao detrito na Capital. Em três anos, 77 mil pneus foram reciclados. Uma companhia de cimento em Candiota utiliza o material em seis fornos. O volume total do período chegaria a quase 700 toneladas.
Conforme estimativa da Anip, até um milhão de unidades deveriam chegar ao DMLU. Uma assinatura é reclamada para ampliar esses números.
- A parceria existe desde 2005, mas Porto Alegre ainda não assinou o convênio - explica Renata Murad, gerente-geral da Reciclanip, entidade criada pela Anip para cuidar da coleta.
Mesmo reconhecendo que ainda não formalizou o acordo, o DMLU não vê risco de interrupção do programa.
(Zero Hora, 17/06/2008)