Aproximadamente cem pessoas são esperadas na próxima quarta-feira (18/06), em Pelotas, para debater o desenvolvimento econômico e a planta social da Metade Sul em mais uma edição da série Diálogos de Convergência. O encontro promovido pela Assembléia Legislativa, em parceria com a Comissão de Economia e Desenvolvimento, acontece a partir das 18h30, no Centro Internacional de Cultura e Eventos da Fenadoce.
Mais do que discutir alternativas para desenvolver uma das regiões mais deprimidas do Rio Grande do Sul, o presidente do Parlamento defende a qualificação de trabalhadores gaúchos para enfrentar os novos desafios e investimentos anunciados em vários segmentos, principalmente na área da silvicultura e no Porto do Rio Grande, evitando assim a contratação de profissionais de outros estados. "O encontro irá possibilitar discutir que tipo de arranjo é necessário fazer entre os municípios, Estado e União para que a sociedade tenha condições de se adequar profissionalmente para executar as funções a serem criadas", afirmou o deputado Alceu Moreira (PMDB).
A 16ª Fenadoce iniciou em 4 de junho e encerra-se no próximo dia 22, com a expectativa de atingir R$ 20 milhões em volume de negócios. Nesses 19 dias de feira, os 450 expositores serão responsáveis pela produção de três milhões de doces, atividade que, segundo Moreira, "mobiliza toda a economia da região, define funções, gera renda e emprego e a transforma numa marca de Pelotas". Até domingo (15/06), o evento havia recebido 170 mil visitantes.
Desenvolvimento sustentável
O Fórum Democrático da Assembléia Legislativa, responsável pela organização do Diálogos de Convergência, convidou para o debate em Pelotas o gerente de Meio Ambiente da Votorantim, Fausto Camargo. Ele deverá falar sobre os impactos dos investimentos em reflorestamento na Metade Sul, que possui 15 milhões de hectares de terra.
De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) divulgado pela empresa no final do ano passado, a região é adequada para o empreendimento, os impactos são passíveis de controle ou potencialização e os benefícios são fundamentais para o sul do Estado.
Já Rio Grande apareceu como o município com o menor número de fazendas destinadas à silvicultura. Uma das hipóteses é a proximidade das áreas com a Reserva Ecológica do Taim. Os agricultores que possuem áreas de atuação da Votorantim passam por um curso de três dias antes de iniciarmos o processo. Isso para que eles tenham todo o conhecimento necessário, inclusive sobre como deverá ser feito o plantio e suas áreas de preservação , disse Fausto Camargo.
O que é o EIA
O EIA é um estudo multidisciplinar feito para analisar os efeitos do empreendimento nas dimensões ambientais, econômicas e sociais e avaliar a viabilidade da localização, atendendo as legislações federal, estadual e municipal.
O documento abrange uma área de 200 mil hectares, sendo 110 mil de efetivo plantio (80% são áreas próprias e 20% de terceiros). Porém, as florestas cobrirão apenas 2% da região estudada.
(Por Roberta Amaral, Agência de Notícias AL-RS, 16/06/2008)