A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) deu início na manhã de ontem (16/06), ao projeto do biodiesel B100. O combustível, após análise de uso, deverá substituir o B2, hoje utilizado na frota de tratores e caminhões da secretaria. Totalmente produzido a partir de óleo de cozinha, o combustível foi utilizado em um trator da frota da Smam, no Parque Marinha do Brasil.
O combustível B2 apresenta índice de 2% de biodiesel, enquanto o B100 apresenta índice de 100% de biodiesel. O projeto resulta de convênio com o Instituto de Química da Pontifícia Universidade Católica (PUC). A parceria permite a produção de biodiesel através de óleo de fritura usado, proveniente dos restaurantes da universidade. No restante do país, o usual é B5, ou seja, 5% de biodiesel.
"Este projeto tem grande importância ambiental, permitindo que o lixo residencial possa virar combustível", destacou o titular da Smam, Miguel Wedy, informando que a médio prazo a intenção é estender o uso desse combustível aos 42 tratores e 21 caminhões da frota da secretaria e, posteriormente, a toda frota da prefeitura. Nessa primeira etapa, o B100 será utilizado apenas em um trator, para que, a partir de análises semanais, realizadas pela Equipe de Resíduos Sólidos, possa ser traçado um perfil comparativo com o B2.
Biodiesel
O biodiesel é biodegradável e não tóxico, sendo também mais seguro do que o diesel de petróleo. Seu uso contribui para a diminuição do efeito estufa, proporcionando um ganho ambiental para todo o planeta pela diminuição da poluição atmosférica. É constituído de carbono neutro, ou seja, o gás carbônico gerado pela queima do biodiesel é reabsorvido pelas oleaginosas e, combinado com a energia solar, realimenta o ciclo, neutralizando suas emissões
(Prefeitura de Porto Alegre, 16/06/2008)