Oscar Cordeiro Netto, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), participou do seminário técnico sobre o uso de potenciais hídricos do rio São Francisco, que tratou da transposição do Velho Chico, na quinta-feira (12/06), no auditório do Interlegis, em Brasília. O evento foi promovido pelo Programa Senado Verde e integra a III Semana do Meio Ambiente do Senado Federal, que vai de 09/06 a 13/06.
O seminário foi transmitido ao vivo pelo sítio do Interlegis e pôde ser acompanhado por videoconferência pelas assembléias legislativas pelo Brasil.
O diretor da ANA explicou o processo de debates internos e externos à Agência para a emissão da outorga para o projeto da transposição do São Francisco. Oscar também apresentou informações sobre a viabilidade financeira e as perspectivas da ANA para a empreitada. “Temos a preocupação com a implementação, mas também com a gestão e a manutenção do projeto”, afirma. Além disso, Netto falou a respeito do Certificado de Avaliação da Sustentabilidade da Obra Hídrica (Certoh) emtido para a transposição.
Demais participantes Durante a apresentação do professor Rubem La Laina, da Universidade de São Paulo (USP), houve a demonstração de que transposições são feitas desde a Mesopotâmia. O professor citou como exemplo as transposições dos rios Colorado-Big Thompsom, nos Estados Unidos, e Snowy River-Murray-Darling, na Austrália.
Rômulo Vieira, consultor do Projeto de Integração do Rio São Francisco, apresentou características do Semi-árido setentrional, como as regiões com maior freqüência de secas.
Antes do debate, ainda falaram a coordenadora-geral interina de infra-estrutura de energia elétrica do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Moara Giasson, que abordou o licenciamento ambiental da transposição; e o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), João Abner Júnior, que apresentou outra visão acerca da viabilidade técnica, política e socioeconômica da empreitada.
(Por Raylton Alves,
Ascom ANA, 13/06/2008)