Há nove réus no processo que apura a responsabilidade pelo dano ambiental causado pelo acidente com o comboio de carga da Norsul, que tombou no mar de São Francisco do Sul há quatro meses. O processo definiu um termo de ajuste de conduta que fez com que a Norsul arcasse com a pensão alimentícia de mais de 1,3 mil pescadores e cultivadores de marisco da baía da Babitonga. A Justiça entendeu que eles foram prejudicados por causa do derramamento de óleo da embarcação.
A Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) estão entre os réus. "Não houve resposta imediata desses órgãos ambientais após o acidente", conta o procurador da República Tiago Gutierrez. Ele acredita que a ação também terá efeito "educativo" em futuros acidentes na Babitonga.
Ainda respondem ao processo os municípios de Itapoá e São Francisco do Sul e o Porto de São Francisco. Fora as quatro companhias envolvidas no acidente. Além da Norsul, há as três empresas do grupo siderúrgico ArcelorMittal, dono da carga de bobinas de aço que ainda permanece no fundo do mar.
(A Notícia, 15/06/2008)