O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, avaliou hoje (12) que a proposta de alteração do projeto original para a Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO), anunciada pelo consórcio vencedor do leilão, representa um "ganho ambiental e não um prejuízo".
O consórcio pretende desenvolver o projeto cerca de nove quilômetros abaixo do previsto na licença prévia concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
"O consórcio encontrou um local bem mais apropriado, porque as escavações que serão feitas ali serão muito menores. No local escolhido agora, as escavações significariam cinco Maracanãs a menos", destacou o ministro, ao acrescentar que, dessa forma, o impacto das obras nas florestas será menor, uma vez que não será preciso colocar sobre essas áreas o material retirado colhido do fundo do rio.
Em entrevista a emissoras de rádio, no estúdio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em Brasília, ele explicou que o assunto ainda está sendo examinado por uma comissão de licitação e também pelo Departamento Jurídico da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Em seguida, será feito um exame da transposição do eixo da hidrelétrica pelo Ibama para verificar as questões de natureza ambiental. "Somente a partir daí é que o ministério tomará uma posição", informou.
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse na semana passada que, por conta das alterações do projeto original, a concessão da licença de instalação para a Usina Hidrelétrica de Jirau poderá não sair até 15 de dezembro, como está previsto no cronograma do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
(Radiobrás,
Amazonia.org.br, 15/06/2008)