No encerramento do seminário conjunto composto pela frentes parlamentares pela Reforma Agrária, pela Produção Sustentável de Agroenergia, e pela Segurança Alimentar e Nutricional da Assembléia Legislativa de São Paulo (AL-SP), os técnicos presentes reivindicaram novos seminários, para discussão de outros temas e dos desdobramentos daqueles abordados neste, para aprofundarem as questões. O coordenador, deputado José Zico Prado, do PT, acatou o pedido e recomendou que, na derradeira participação de cada um dos componentes da mesa, constasse uma sugestão relativa à realização de novos seminários compreendendo os temas reclamados.
Nivaldo Gomes, da Federação de Agricultura Familiar, sugeriu que as novas audiências sejam realizadas no interior do Estado, mais próximas das regiões que são afetadas pelas monoculturas do eucalipto e da cana. Nivaldo alertou ainda para falta de insumos para a agricultura familiar, por causa do crescimento da demanda do setor monoculturista.
Sônia Moraes, da Associação Brasileira de Reforma Agrária, chamou a atenção para a omissão do governo no aspecto penal, porque ele (governo) "tem todo o aparato para intervir em regiões onde a lei não é cumprida no que se refere a direito trabalhista". Sonia sugeriu também a participação de técnicos da Saúde a fim de discutir itens como trabalho escravo no campo.
Outras sugestões se seguiram, como a de Pedro Ramos, da Unicamp, que falou sobre a necessidade de se fazer pressão sobre o governo para que a lei seja cumprida " referindo-se principalmente à lei trabalhista. Falou também da urgência de políticas públicas com desenvolvimento sustentável e pediu a ampliação e multiplicação de debates como o de hoje.
O deputado Zico Prado encerrou o evento agradecendo aos presentes pela participação ativa no seminário e autorizou sua assessoria a organizar novos seminários sobre o tema, para que o assunto volte a ser discutido com maior profundidade e se tirem algumas conclusões para apoiar as ações que devam ser tomadas a fim de proteger e melhorar a agricultura familiar, com desenvolvimento sustentável, e fomentar aquilo que o técnico em agricultura de São Paulo, João Paulo Feijão, chamou de zoneamento agro-sócio-ambiental.
(Por Joel Melo, Ascom AL-SP, 13/06/2008)