FÓRUM : SER CONTRA O RACISMO ATRAI VOTOS NA SUÉCIA
2002-01-31
Os adolescentes Fredrik Hallor e John Lyshorg, que desembarcaram do frio da Suécia para o escaldante verão porto-alegrense, são uma exceção em seu país, onde, como na Alemanha, a juventude, em geral, não quer mais saber de política. -No nosso país, apenas 2% a 3% dos jovens entre 16 e 26 anos é membro de algum partido político, informa John. Ele e o colega Fredrik começaram ontem (30/1) a percorrer os corredores da PUCRS para buscar a credencial ao Fórum Social Mundial. Objetivo número um: discutir questões como racismo, pobreza, feminismo e marxismo. Estudantes da Sweeden Ung Vänster Young Left of Sweeden (uma escola de nível secundário voltada ao estudo e pesquisa de temas de esquerda), eles foram enfáticos ao analisar a importância desses assuntos para a população de seu país: -Ser contra o racismo é algo que reflete a conscientização em nossa população e atrai votos, explica Fredrik, lembrando que iugoslavos e iranianos estão entre as maiores massas de imigrantes para a Suécia atualmente. Eles pretendem ficar uma semana em Porto Alegre, mostrando fitas de vídeo e documentários com os seus trabalhos. Depois viajam para São Paulo, onde ficarão por mais uma semana convivendo com líderes do MST. -Queremos aprender com eles, afirma John.