Ao menos dez pessoas morreram e mais de 250 ficaram feridas pelo terremoto que aconteceu no sábado em uma ampla região do nordeste do Japão, enquanto continua a busca de 12 desaparecidos, informaram as autoridades locais. As equipes de resgate encontraram nesta segunda-feira o corpo da décima vítima do terremoto de 7,2 graus na escala Richter que sacudiu as províncias de Iwate, Miyagi e Fukushima, na ilha japonesa de Honshu.
O corpo foi achado entre os escombros de um hotel em Kurihara, na província de Miyagi, segundo a agência local de notícias Kyodo. Cerca de 2.300 pessoas, alguns pertencentes as Forças de Autodefesa nacionais, continuam os trabalhos de busca e resgate nas áreas mais afetadas pelo tremor.
"Foi um trágico desastre", afirmou Isamu Sato, prefeito de Kurihana, a cidade mais atingida pelo terremoto. Uma série de fortes terremotos secundários atrasou as buscas por mais corpos. Mais de 470 réplicas ocorreram após o tremor e oficiais alertam que pode ocorrer mais deslizamentos.
Danos
O serviço de trens, água e eletricidade foi restabelecido na maioria das áreas. Porém, cerca de 2.800 casas na cidade de Kurihara, de 80 mil habitantes, seguem sem energia. Na usina nuclear em Fukushima, o terremoto causou o vazamento de cinco galões --cerca de 20 litros-- de água radioativa de duas piscinas de armazenamento de combustível.
O terremoto, cujo epicentro foi situado a 8 km de profundidade, aconteceu às 8h43 do sábado (20h43 de Brasília da sexta-feira). Trata-se do terremoto mais forte que sacode o Japão desde o ocorrido em agosto de 2005, que também teve uma magnitude de 7,2 na escala Richter. O Japão fica em uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo. O terremoto mais grave ocorrido em anos recentes foi em Kobe em 17 de janeiro de 1995, com uma magnitude de 7,3 graus na escala Richter, deixando mais de 6.000 mortos.
(Efe, Folha UOL, 16/06/2008)