O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel afirmou hoje (13/06) em entrevista a Rádio Gaúcha que a decisão do Incra de indeferir os pedidos da empresa sueco-finlandesa de comprar terras na faixa de fronteira (a menos de 150 Km de outros países) do Estado, não é ideológica.

Segundo o ministro, que esteve reunido ontem em Brasília com o senador gaúcho Sérgio Zambiasi, deputados estaduais e prefeitos da região, é inadmissível que se altere a legislação para atender a um pedido de uma empresa, independente do tamanho dos investimentos que ela projete para o Estado.

Questionado pelos apresentadores do Gaúcha Atualidade sobre os vultosos investimentos na Metade Sul, região mais pobre do Estado, Cassel foi enfático. “Não acho que se resolva a questão ampliando a faixa de fronteira. É sim uma região deprimida do ponto de vista econômico, mas não se pode dizer que o problema do não desenvolvimento da Metade Sul é por causa da faixa de fronteira”, afirmou.

Conforme o ministro, desde sua instalação no Estado, a Stora Enso vem acumulando irregularidades muito grandes, e o Incra, ao tomar a decisão, não se deixou de maneira alguma se envolver por questões ou ranços ideológicos. “Estou envolvido na questão pessoalmente e posso afirmar que não há esse tipo de postura no Incra”, reafirmou.

(Por Carlos Matsubara, Ambiente JÁ, 13/06/2008)