Projeto vetado limitaria emissões de gás carbônico do país, principal culpado pelo aquecimento global A última esperança de ver os Estados Unidos tomarem alguma providência contra a mudança climática antes de o próximo presidente assumir foi sepultada na sexta-feira. Os republicanos no Senado americano vetaram o projeto de lei que limitaria as emissões de gases de efeito estufa no país que mais polui o planeta.
A lei foi proposta pelos senadores democratas Barbara Boxer e Joe Lieberman e pelo republicano John Warner. Ela criaria um sistema de comércio de emissões no país, forçando empresas que emitissem acima da cota a comprar créditos de carbono das que tivessem conseguido exceder a meta de redução de CO2.
Após três dias de discussões sobre o projeto no Senado, os democratas quiseram colocar a lei em votação final, uma moção que precisaria de 60 votos para ser aprovada. Apenas 48 senadores votaram a favor, o que joga para o ano que vem a discussão da medida.
Críticos da legislação, entre eles vários senadores republicanos, disseram que a lei aumentaria o preço da energia nos EUA, incluindo o preço do petróleo. E não há tema mais sensível no momento: com o preço da gasolina numa alta recorde e o desemprego em ascensão em pleno ano eleitoral, falar em aumento do valor dos combustíveis é suicida, na visão de vários parlamentares.
Mas a lei também tem críticos do outro lado do espectro político. Para estes, a proposta permitiria a algumas indústrias prosperar, forçando ao mesmo tempo o americano médio a pagar mais pela energia.
(Por Chicão dois Passos,
Blog do Chicão, 12/06/2008)