O governo anunciou R$ 500 milhões em multas para 60 siderúrgicas e 70 distribuidoras de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo envolvidas no uso e comércio de carvão ilegal. A notícia está no Portal O Eco. Segundo contam os jornalistas Aldem Bourscheit e Felipe Lobo, a madeira usada na produção do combustível vinha do Cerrado e do Pantanal. “São as maiores multas aplicadas nesses biomas. Não estamos olhando só para a Amazônia”, diz o ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente.
Entre as empresas multadas, estão grandes fábricas como a Gerdau Aços Longos (MG), a MMX Metálicos Corumbá (MS), e as mineiras Alterosa e Ferguminas. A maior multa, de quase R$ 46 milhões, foi para a Siderúrgica Mat Prima (MG), por comprar mais de 90 mil metros cúbicos de carvão sem origem legal. O produto alimenta a produção do aço de exportação brasileiro.
Segundo o Eco, entre os truques usados por carvoeiros para tentar driblar a fiscalização, estão encher caminhões com mais carga do que o declarado, retirar o produto de áreas não-autorizadas, usar documentos de transporte mais de uma vez ou declarações falsas de importação de carvão paraguaio. “Só é paraguaio no papel. A turma da delinqüência tem a sua competência, mas a nossa é maior”, afirmou Minc.
(Alexandre Mansur,
blog do planeta, 12/06/2008)