Como parte da programação da 3ª Semana do Meio Ambiente do Senado Federal, especialistas debateram nesta quinta-feira (12/06), no auditório do Interlegis, o projeto do governo federal de transposição das águas do rio São Francisco. Os palestrantes detalharam questões relativas ao projeto e debateram a viabilidade da transposição durante o seminário "Uso de potenciais hídricos: a questão da transposição das águas" .
Na ocasião, foram apresentados exemplos de transposição de águas em outros países, como Estados Unidos e Austrália, e também no Brasil (rio Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro, e Alto Tietê, em São Paulo). Os palestrantes também falaram sobre a viabilidade técnica, política e socioeconômica do projeto de transposição do Rio São Francisco e sobre a viabilidade legal (legislação de recursos hídricos e licenciamento ambiental).
Participaram do seminário o diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Oscar Cordeiro; o consultor do projeto de integração do Rio São Francisco, Rômulo de Macedo Vieira; o consultor legislativo do Senado Joldes Muniz Ferreira; a coordenadora-geral interina de Infra-Estrutura de Energia Elétrica do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), Moara Menta Giasson; o professor de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Universidade de São Paulo (USP), Rubem La Laina Porto; e o professor de Hidrologia e Irrigação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), João Abner Guimarães Júnior.
De acordo com o professor La Laina Porto, obras de transposição não são novidade, existindo registros de obras desse tipo na Mesopotâmia, na Roma antiga e em diversas cidades dos Estados Unidos. Além disso, pequenos exemplos podem ser encontrados também em Rio Claro (SP), Salvador (BA) e Fortaleza (CE).
(Por Augusto Castro, Agência Senado, 12/06/2008)