A Prefeitura de Santa Cruz do Sul espera abrir até o fim do mês o processo de licitação de três novas obras que serão incluídas no programa de saneamento básico lançado em janeiro deste ano. Mais três trechos do Arroio Preto serão canalizados: o primeiro entre as ruas Deputado Germano Hasslocher e Vereador Dorfey; o segundo em um terreno na quadra entre a Rua Vereador Dorfey e a Avenida Senador Pasqualini, ao lado do shopping; e o terceiro entre a Avenida João Pessoa e a Rua 28 de Outubro, ao lado da Brigada Militar. As obras custarão cerca de R$ 250 mil e serão pagas com recursos do deságio das licitações do programa, que em alguns casos ficaram abaixo dos valores previstos.
O anúncio foi feito ontem à noite, durante assinatura da homologação da licitação que definiu a Construtora Casa Nova como responsável pela canalização de um quilômetro de sanga no Bairro Santo Antônio, no trecho da Rua Maringá até o Arroio das Pedras. Essa é a maior obra em extensão do programa de saneamento, que atingirá 18 pontos da cidade e está orçado em R$ 10,3 milhões.
Apesar do frio de 8 graus, a solenidade reuniu representantes do governo e moradores que serão beneficiados com a obra. A construção de uma galeria fechada na Sanga Santo Antônio, com peças de concreto pré-moldadas medindo até quatro metros quadrados, custará R$ 1,94 milhão. “Não vejo a hora dessa obra ficar pronta. Além do mau cheiro sai muito mosquito e rato de dentro da sanga”, disse o morador Milton Preuss, de 70 anos.
O prefeito José Alberto Wenzel (PSDB) comemora que, embora o conjunto de 15 obras tenha sido lançado em janeiro, apenas duas ainda não estão prontas ou em fase de execução – ou começo dos trabalhos, como é o caso da Sanga Santo Antônio. Segundo ele, ainda integram o programa de saneamento a construção de galerias abertas no Arroio Preto, entre a Rua Félix Hoppe e a Sanga Branca (R$ 2,4 milhões), e entre a Sanga Branca e os bueiros da BR–471 (R$ 970 mil).
Antecipando o clima de campanha eleitoral, Wenzel – pré-candidato à reeleição pelo bloco governista, que deverá ser reforçado pelo PMDB – criticou o governo anterior, do deputado federal Sérgio Moraes (PTB), marido da pré-candidata à Prefeitura pela oposição, Kelly Moraes (PTB). “Primeiro tivemos que arrumar a casa. Quando assumimos não havia máquina em condições de uso. Deixaram muitas dívidas. Somente agora que estamos conseguindo fazer investimentos”, destacou. “Dizem que enterrar canos não dá voto. O que dá voto é fazer asfalto e foguetório. Nós estamos fazendo asfalto e faremos foguetório quando preciso, mas nunca vamos esquecer do básico. Saneamento é saúde pública”, acrescentou.
(Por Igor Müller, Gazeta do Sul, 11/06/2008)