A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) rebateu críticas recebidas da senadora Marina Silva (PT-AC) e da deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), publicadas na imprensa nesta terça-feira (10/06), condenando a sua indicação pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) para arelatoria de Integração Nacional e Meio Ambiente no Orçamento 2009.
Kátia Abreu lembrou que a oportunidade da primeira escolha das relatorias coube ao PT, o qual preferiu a área de Infra-Estrutura à de Meio Ambiente.
- Se fossem muito influentes e tivessem argumentos sólidos para demonstrar aos seus partidos que era relatoria tão importante que só cabia na mão delas, elas deveriam ter mais argumentos e mais consistência para tirar da cabeça do PT que não escolhesse a infra-estrutura e sim o meio ambiente e a integração nacional - disse.
Kátia Abreu considerou como preconceito o temor manifestado por Marina Silva e Vanessa Grazziotin de retrocesso na área ambiental pela sua "entrega à bancada ruralista".
- Quero dizer à sra. ministra que o meu nome é Kátia Regina de Abreu, que não sou do partido da bancada ruralista. Eu defendo o agronegócio brasileiro de frente e enfrento os defeitos que o meu setor pode ter, os erros que nós possamos cometer, mas sei reconhecerque é um setor que representa um terço do Produto Interno Bruto (PIB),dos empregos e das exportações e exijo respeito porque é esse setor que vem segurando há oito anos a balança comercial brasileira - afirmou.
A senadora atribuiu ainda ao governo federal a maior parcela de responsabilidade pelo aumento do desmatamento na região amazônica, uma vez que 76% das terras da região encontram-se sob sua administração, sendo que apenas 24% são propriedades rurais particulares.
- Sabemos que toda aquela madeira que saiu da Amazônia não saiu voando; saiu pelas estradas da Amazônia e com documento emitido pelo órgão ambiental estadual e pelo Ibama [Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] - afirmou a senadora.
(Por Laércio Franzon, Agência Senado, 10/06/2008)