O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, afirmou nesta terça-feira (10/06) que o desafio do Parlamento brasileiro é incluir a energia alternativa como prioridade na agenda de debates sobre meio ambiente. A afirmação foi feita na abertura da 3ª Semana do Meio Ambiente, promovida pelo Senado em parceria com a Câmara. O evento, que inclui seminário e exposições, ocorre no Salão Negro.
Chinaglia lembrou que o Brasil é atualmente o país com maior utilização de fontes renováveis de energia. O presidente da Câmara argumentou que a utilização de energia renovável constitui, além de um mecanismo de proteção do meio ambiente, um fator de estímulo ao desenvolvimento econômico e à geração de empregos. Ele disse que o Congresso tem um papel importante na defesa dos aspectos social, econômico e ambiental da energia renovável, como o biodiesel, que tem sido apontado como uma das causas da redução na produção de alimentos no planeta.
A escassez de alimentos em algumas regiões e o aumento dos preços, segundo ele, são provocados por outros fatores, como a concentração de renda, resoluções equivocadas da Organização Mudnial do Comércio (OMC) e pela produção de etanol a partir do milho, além dos subsídios concedidos à agricultura na Europa e nos Estados Unidos.
Ações da Câmara
Chinaglia ainda destacou as ações desenvolvidas pela Câmara na área ambiental, como a criação do o Núcleo de Gestão Ambiental (EcoCâmara), que desenvolve projetos nas áreas de coleta seletiva, reciclagem de materiais, como papel e plástico, e manutenção das áreas verdes da Câmara. Ele afirmou que uma parceria entre a EcoCâmara e entidades de catadores tem permitido a reciclagem de 59% das 60 toneladas de material descartado pela Casa. A meta, segundo ele, é atingir 70%.
Ele também lembrou o plantio de 12 mil árvores de espécies nativas da Mata Atlântica no estado de São Paulo para compensar as emissões de gás carbônico na atmosfera pela Câmara. O plantio, feito em parceria com a fundação SOS Mata Atlântica, tornou a Câmara o primeiro parlamento do mundo a neutralizar suas emissões de carbono.
(Por Paula Bittar, Agência Câmara, 10/06/2008)