A resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) que veta o crédito a produtores que desmatam a Amazônia está mantida e entrará em vigor no dia 1º de julho, reafirmou hoje o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. "Apesar das tentativas de desfigurar e derrubar a resolução, ela está mantida", disse. "O crédito é o oxigênio para produzir, mas também para desmatar. Acabou o crédito para desmatamento."
A regra, editada dia 28 de fevereiro, traz exigências adicionais para a concessão de crédito rural na Amazônia. Os bancos públicos e privados terão de cobrar do produtor na hora da concessão de empréstimos documentos que comprovem a regularidade ambiental e fundiária de sua atividade. Estudos de órgãos oficiais e organizações não-governamentais (ONGs) mostraram que as facilidades de crédito oferecidas para o setor de pecuária, contribuíram para o desmatamento da floresta.
Segundo o último relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento na Amazônia aumentou. Em abril, segundo o órgão, foram derrubados 1.123 km² de mata. "Vamos trabalhar duro para reverter esse índice", afirmou o ministro.
(G1, 10/06/2008)