Na previsão da Petrobras, financiadora e supervisora da mão-de-obra do projeto, os primeiros resultados devem aparecer em um ano. O maior interesse da gigante estatal reside num subproduto do gás de carvão mineral, o óleo diesel livre de contaminantes. Desde que o preço do barril de petróleo se mantenha no patamar atual.
Segundo o gerente da célula Gas to Liquids (GTL) - transformação de matéria-prima em combustíveis líquidos de alto desempenho - , Eduardo Falabella, a Petrobras não tem a atenção voltada só para o petróleo. Ainda mais diante dos pesados investimentos chineses em carvão.
- Nossa aposta é numa alternativa de energia. A vantagem é que se transformará uma energia suja, como se estabeleceu o carvão, em um produto mais limpo - argumenta.
Conforme levantamento da Petrobras, se for reunida toda a produção de carvão mineral de SC e RS, seria possível produzir 300 mil barris de óleo diesel/dia, o equivalente a 30% do consumo brasileiro.
Na semana passada, Falabella esteve em Criciúma para discutir as bases finais e prazos do projeto. Além disso, uma conversa com a direção da empresa cerâmica Cecrisa deverá resultar numa parceria para antecipar a viabilidade dos planos de transformação do carvão.
A Cecrisa mantém um projeto de gaseificação com apoio de recursos do Ministério de Ciência e Tecnologia, e esta estrutura serviria para avançar o processo. A direção da cerâmica preferiu não se manifestar sobre o assunto.
(
Diário Catarinense, 09/06/2008)