O estudo apresentado pelo governo do Estado como desmatamento do cerrado foi desmentido pelo INPE.Na quinta-feira passada (29/5) o Governo do Estado do Piauí, através do funcionário Demócrito Barreto, da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos-SEMAR, apresentou na TV Cidade Verde um suposto estudo do Instituto de Pesquisas Espaciais - INPE sobre o desmatamento no Cerrado do Piauí. Mas o INPE esclarece que o Governo mentiu ao usar o nome do Instituto.
O Governo, através do diretor da SEMAR-PI, Demócrito Barreto, utilizou do expediente de citar o nome do pesquisador Edison Crepani, durante entrevista no Jornal do Piauí como responsável pelo estado. No momento divulgou um email como sendo enviado pelo pesquisador do INPE. DE acordo com os comentários do funcionário da SEMAR o pesquisador afirmava que o Cerrado apresenta uma desmatamento de apenas 10% de sua área total. Mas a diretoria do INPE declarou nesta terça-feira (03), que não enviou nenhum estudo ou documento sobre o assunto, e que as informações usadas pelo o diretor da secretaria de meio ambiente do Piauí não existem.
A direção do INPE encaminhou um email para a Fundação Águas do Piauí – FUNÁGUAS desmentindo a existência do estudo. O pesquisador Crepani também enviou email pedindo desculpas aos ambientalistas do Piauí e aos telespectadores em decorrência ao uso indevido do seu nome por conta do email enviado ao senhor Demócrito.
“Os termos que eu uso no e-mail jamais seriam usados num contexto formal, e se referem exclusivamente a uma conversa que parecia estar se desenvolvendo entre dois colegas em ambiente descontraído e de camaradagem, o que, infelizmente, não se revelou verdadeiro.”
O presidente da FUNÁGUAS, Judson Barros, que esta a frente dessa luta contra a destruição das florestas no Piauí se pronunciou dizendo que Governo que mente e inventa não tem credibilidade nem autoridade para convencer. “Essa mentira utilizando o nome do INPE mostra o mau caráter desse governo nas questões ambientais. A mentira nunca prevalecerá sobre a verdade”, arrematou.
(Por Dionísio carvalho,
Portal do Meio Ambiente, 07/06/2008)