Colocar em pleno funcionamento o Centro Cultural Indígena Kaingang e Guarani, construído em 2002, nas margens da RS 324, na aldeia de Pinhalzinho, em Planalto, é desafio que a Fundação Nacional do Índio (Funai) começa a enfrentar. A estrutura é composta por cinco pequenas construções de alvenaria, em forma de oca indígena e cobertas com capim. A aldeia pertence à reserva indígena de Nonoai, onde vivem 4,2 mil índios.
Segundo o administrador regional da Funai de Chapecó, Pedro Possamai, o complexo foi construído para colocar em funcionamento o museu do índio, garantir espaço para apresentações da cultura indígena e oferecer possibilidade de comercializar artesanato dos caingangues e dos guaranis. Ele admite, porém, que os planos não se concretizaram e a estrutura está se deteriorando.
Conforme Possamai, já começaram a ser feitos contatos com universidades (Unochapecó, Ufrgs e URI) para, juntamente com a Funai, viabilizar o funcionamento do centro cultural. Ele lembra que no local são realizadas algumas atividades envolvendo parte dos alunos das oito escolas indígenas da aldeia.
'Queremos vitalizar aquele espaço, com a realização de eventos que busquem a valorização da cultura indígena', observa Possamai. O prefeito de Planalto, Antônio Carlos Damin, adianta que o município está disposto a participar das ações que dêem aproveitamento à estrutura.
(Correio do Povo, 08/06/2008)