Recuperar nascentes e margens de rios e córregos do Distrito Federal e promover ocupações sustentáveis são propostas dos moradores, de órgãos do governo local e de organizações não-governamentais (ONGs) como a WWF. Projeto nesse sentido foi lançado hoje (7) com a criação da Eco-Bacia do Córrego do Urubu, em Brasília.
Segundo o representante da WWF Brasil, Sérgio Ribeiro, o projeto da Eco-Bacia do Urubu é pioneiro na recuperação e conservação da bacia do córrego e visa envolver a comunidade na preservação do meio ambiente, na recuperação e manutenção dos córregos e criação de estação de reciclagem de lixo.
Uma das primeiras medidas foi a instalação de um quiosque de coleta de lixo na entrada do Núcleo Rural Córrego do Urubu para que os moradores da área depositem separadamente os lixos de suas casas. O objetivo é fazer com que esse material seja reaproveitado. É o caso, por exemplo, das garrafas pet que podem ser recicladas para fabricação de bancos e artesanatos.
O projeto da Eco-Bacia, segundo o presidente da Federação Ambientalista do Urubu (FAU), José Roberto Furquim, visa recuperar as três nascentes, a bacia do córrego Urubu (que desagua no Lago Paranoá), realizar projetos ambientalistas na região e trabalhar com a comunidade e o governo local para promover a recuperação e manutenção ambiental da região.
Furquim disse que a comunidade já vem trabalhando na recuperação das nascentes do córrego, na preservação da região e que com a criação da Eco-Bacia serão realizados cursos de compostagem (transformação de lixo em fertilizante), de reciclagem, de métodos para recuperação ambiental, de conscientização da população sobre a importância de preservação da área e ocupação regular.
“A proposta objetiva levar as pessoas a uma convivência mais participativa com a natureza, sua preservação e recuperação”, garantiu Furquim.
A comunidade do Núcleo Rural do Córrego do Urubu é formada por cerca de mil pessoas. Segundo Furquim, além desses moradores, há outras comunidades próximas da região que também podem ajudar na preservação da área.
(Por Iolando Lourenço, Agência Brasil, 07/06/2008)