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mata atlântica sos mata atlântica
2008-06-06

Chega ao fim a quarta edição do Viva a Mata - mostra de iniciativas e projetos em prol da Mata Atlântica, realizado pela SOS Mata Atlântica, nos dias 30 de maio a 1º de junho, das 10h às 18h, na Marquise do Parque Ibirapuera, em São Paulo. Com patrocínio do banco Bradesco, apoio da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, da Gol Linhas Aéreas, da Rede Globo e da Folha de S. Paulo, o evento reuniu mais de 75 mil pessoas, interessadas em saber o que está sendo feito no País pelo Bioma, além de aprender a melhorar sua relação com o meio ambiente. Na ocasião, foram divulgados os novos dados do Atlas da Mata Atlântica, apontando a taxa de desflorestamento e as áreas mais críticas em 10 dos 17 estados onde há remanescentes florestais, reforçando os desafios para a conservação dos 7,26% que restam do Bioma, além da importância de sua restauração. “Mais uma vez atingimos nossos objetivos de promover a troca de idéias e experiências entre esta vasta rede que trabalha pela conservação da Mata Atlântica e também levar informação de qualidade para o público leigo”, comenta Márcia Hirota, diretora da SOS Mata Atlântica. “Já estamos preparando a edição 2009 do Viva a Mata, que acontecerá novamente próximo ao Dia Nacional da Mata Atlântica (27 de maio)”.

A coleta seletiva de materiais recicláveis foi realizada antes, durante e depois pela ONG Pueras, que coletou entre os dias 26 de maio e 02 de junho, 1,745 toneladas de resíduos recicláveis, beneficiando diretamente com essa coleta 64 famílias que fazem parte da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis Viva Bem.

O Viva a Mata contou com uma vasta programação, como palestras e debates no auditório do Museu de Arte Moderna (MAM) e também no auditório especialmente montado na Marquise do Parque, onde estiveram expostos mais de 100 projetos de ONGs que atuam em diversas regiões do Brasil pela conservação da Mata Atlântica, divididos em 20 estandes temáticos. Foram realizadas também oficinas de plantio de espécies nativas e de brinquedos com materiais recicláveis. As peças de teatro “Mágico de Oz na Mata Atlântica”, “Vamos passear na Floresta enquanto seu homem não vem” e “Liberdade” alegraram o público, além de maquetes interativas.

Os visitantes também se interessaram bastante pelo Túnel dos Sentidos, onde puderam experimentar cheiros, texturas e sons da floresta, despertando outros órgãos dos sentidos ao entrar com os olhos vendados e sem calçados. As réplicas de tartaruga em tamanho natural, trazidas pela Fundação Tamar e que chegam a mais de dois metros de comprimento, e as de mamíferos aquáticos também chamaram a atenção, principalmente do público infantil. Mais de 400 crianças foram atendidas em visitas monitoradas. E outra participação que pode ser destacada durante o evento foi a do Homem Saco, protagonizado pelo jovem Rômulo Ferrão, que ao caminhar pela Marquise com uma fantasia composta por 1500 sacolas plásticas, despertava a curiosidade dos visitantes, alcançando seu principal objetivo - falar sobre o uso desse material, um dos grandes vilões do meio ambiente.  

O grande momento de mobilização do Viva a Mata foi no sábado (31 de maio), às 18h, na Marquise do Parque Ibirapuera, onde os voluntários da Fundação SOS Mata Atlântica e de outras organizações participaram do Ato Respira Brasil, usando uma máscara de oxigênio para enfocar a qualidade do ar nas cidades, a diminuição do teor de enxofre no diesel, a qualidade das águas e a manutenção dos recursos naturais. O ambientalista Fabio Feldmann, a vereadora Soninha Francine e Oded Grajew, do Movimento Nossa São Paulo: Outra Cidade, lideraram o ato ao lado de Beloyanis Monteiro e Mario Mantovani, da SOS Mata Atlântica.

Durante o painel “Pacto pela Restauração da Mata Atlântica”, Ludmila Pugliese, coordenadora de restauração florestal da SOS Mata Atlântica, e Helena Carrascosa, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de SP, mostraram a importância da adesão dos agricultores e proprietários de terras à temática da restauração florestal, principalmente aquelas previstas em lei - áreas de preservação permanente, matas ciliares, topos e encostas de morros e reservas legais; foram mostrados os esforços que vêm sendo feitos para a proteção da floresta e restauração, como o projeto Mata Ciliar, do governo do Estado de São Paulo, ou os programas Clickarvore, Florestas do Futuro e Viveiros, da SOS Mata Atlântica. Miguel Calmon, da The Nature Conservancy, apresentou também o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, que reúne várias ONGs na proposta para alcançar escala na restauração florestal e já identificou em levantamentos preliminares que há um potencial de cerca de 15 milhões de hectares para restauração.

Na palestra de Áreas Marinhas Protegidas, destacou-se a questão das diferentes políticas públicas para a conservação costeira e marinha, verificada em números: dos 4 milhões de km de costa que o Brasil possui, apenas 2.000 km são protegidos por Unidades de Conservação. Mauro Maida, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), mostrou os desafios para a conservação marinha no Projeto Recifes Costeiros, e Guilherme Dutra, da Conservação Internacional (CI), os desafios para a conservação do Complexo de Abrolhos, na Bahia. Ricardo Castelli Vieira, do Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio), apresentou a palestra com um retrato das Unidades de Conservação (UCs) no Brasil, fazendo um comparativo entre as UCs terrestres e marinhas, que cobrem 8% e 0,5% do território nacional, respectivamente, e os desafios para a conservação, como a criação efetiva das áreas em estudo, a fiscalização, capacitação de servidores, e a consolidação territorial, entre outros. O painel foi encerrado com a apresentação do Programa para a conservação das Zonas Costeira e Marinha sob influência do Bioma Mata Atlântica pelo coordenador da SOS Mata Atlântica, Fabio Motta.

A jornalista e apresentadora Patrícia Palumbo, conselheira da SOS Mata Atlântica, teve uma participação especial no evento. Durante os três dias, ela fez um bate-papo sobre questões ambientais. Na sexta-feira, a convidada foi a cantora e embaixadora da SOS Mata Atlântica, Wanessa Camargo, que falou sobre a sua relação com o meio ambiente e de como começou o seu envolvimento com a Fundação. O monge zen budista Dorin (Oscar Bressane) falou sobre a meditação como forma de autoconhecimento e de interação entre os seres humanos e o meio ambiente, e o vocalista da Tribo de Jah, Fauzi Beydoun, abordou a criação de suas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), ambos no dia 31/05. E a cantora Tetê Espíndola e o cenógrafo Beto Von Poser, no dia 01/06, falaram sobre a questão da poluição causada pelas garrafas pets e sacolas plásticas nos rios e represas.

Durante o Viva a Mata foram lançados também o livro “Voluntariado Socioambiental - História, experiências e práticas na Fundação SOS Mata Atlântica”, que pode ser utilizado como um manual pelas outras organizações que tenham interesse em criar um programa de voluntariado; o II Edital do Fundo Costa Atlântica, do Programa para a conservação das Zonas Costeira e Marinha associadas ao Bioma Mata Atlântica, que visa apoiar projetos para criação e consolidação de Unidades de Conservação Marinhas; e a Aliança para a Conservação Marinha, uma parceria entre a SOS Mata Atlântica  e a Conservação Internacional.

A exposição da “Iniciativa Internacional de Conservação dos Recifes de Corais”, da campanha "2008 – Ano Internacional dos Corais", que tem por objetivo apresentar as evoluções dos trabalhos de conservação dos corais no mundo e as metas e projetos previstos para 2008, foi trazida para o Viva a Mata pelo Ministério do Meio Ambiente.

Foram anunciados os vencedores do Prêmio Muriqui - iniciativa do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica para reconhecimento e homenagem a personalidades e ações ambientais no País. Este ano, foram premiados Seu Toinho (Antonio Gomes dos Santos, vice-presidente da Federação de Pescadores de Alagoas e membro do Movimento Nacional dos Pescadores), na categoria personalidade; a ONG Sol Nascente Maquiné, na categoria instituição; e doutor Paulo Nogueira-Neto, vice-presidente do conselho da SOS Mata Atlântica.

(Carbono Brasil, 05/06/2008)


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