O senador João Pedro (PT-AM) lembrou, nesta quinta-feira (05/06), a passagem do Dia Mundial do Meio Ambiente, data escolhida em 1972 quando a ONU (Organização das Nações Unidas) realizou, em Estocolmo (Suécia), a primeira conferência para discutir o meio ambiente. João Pedro assinalou que, desde então, tem havido um rico debate sobre a questão, e o Brasil não deixou de participar.
O parlamentar parabenizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por assinar várias medidas na área e destacou duas delas que dizem respeito ao estado do Amazonas: a criação da reserva extrativista de Ituxi, com extensão de 776,9 mil hectares, no município de Lábria; e a criação do Parque Nacional Manpiguari, com 1,6 milhão de hectares, nos municípios de Canutama e Lábria.
João Pedro informou que o Brasil tem 8,3% do território destinado a reservas ambientais e indígenas, mas ponderou que ainda há muito o que fazer nesse área. O senador ressaltou que não é possível trabalhar apenas exigindo providências dos governos. Na sua avaliação, todos precisam assumir suas responsabilidades na contribuição com a vida no planeta, pois é inconcebível o nível de desmatamento recentemente registrado na Amazônia, com uma área do tamanho do Estado do Rio de Janeiro.
- Este é o registro triste que repudiamos: um desmatamento criminoso, sem obedecer às leis e ao plano de remanejamento das nossas florestas - afirmou.
Para João Pedro, é possível construir uma política que respeite o meio ambiente e propicie o desenvolvimento econômico na Amazônia. Ele disse que é obrigação da sociedade dar exemplos de como fazer isso e condenou a postura "intransigente" dos Estados Unidos e "autoritária" do presidente George W. Bush, cobrando o compromisso dos países industrializados de reduzir em 5% a emissão de carbono.
O senador também disse que a China não pode contribuir com a emissão de gases, que tanto prejudica o planeta Terra, e conclamou os países ricos a refletirem sobre a possibilidade do capitalismo selvagem comprometer a vida na Terra, compatibilizando a renda com a vida dos seres humanos, "que é mais importante".
(Por Ricardo Icassatti, Agência Senado, 05/06/2008)