Ao registrar a comemoração, nesta quinta-feira (05/06), do Dia Mundial do Meio Ambiente, o senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) afirmou que as práticas ilegais na Amazônia devem ser combatidas e que as práticas benéficas para o desenvolvimento da região devem ser incentivadas pelo governo federal. O senador disse que existem o desmatamento ilegal - que deve ser coibido - e o legal, que seria o manejo florestal, ou a exploração da região sem o comprometimento da integridade da floresta.
- Vamos proteger nossas florestas daqueles que atuam de forma criminosa. Agora, o governo tem de ser ágil, eficaz e eficiente no trato e na parceria com aqueles que querem produzir, explorar, fazer o que eu chamo de desmate legal e que são os projetos de manejo sustentável, de manejo de madeira, de corte seletivo de árvores, preservando a integridade da floresta - opinou.
Mesquita Júnior observou que as práticas legais de manejo, que priorizam o desenvolvimento sustentável da região, ainda não são prioridade para o governo federal. O parlamentar também sugeriu que sejam criados batalhões das Forças Armadas para o combate às ações ilegais na Amazônia. E disse que o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) deveria espalhar unidades por toda a floresta para incentivar o desenvolvimento científico e tecnológico.
- Financiar a pesquisa, financiar a ciência, financiar o desenvolvimento tecnológico, de que muito carece a região amazônica. Precisamos substituir tecnologias ali seculares, de exploração na agricultura, no trato com a madeira. E temos, sim, tecnologia à disposição. Acontece que o governo não se dispõe a investir na formação de pessoal, não se dispõe a investir em estruturas físicas. Há organismos atuando na Amazônia, como o Inpa, que, vou morrer cansado de repetir, poderia se constituir, como a gente diz, numa espécie de Embrapa da floresta. Agora, ele precisa se enraizar na região amazônica - comentou.
Em aparte, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) elogiou o discurso do colega e disse que o governo federal deveria estabelecer "um plano para a Amazônia que ajude os governos estaduais e estimule um zoneamento ecológico", além de incentivar a pesquisa científica na região.
(Por Augusto Castro, Agência Senado, 05/06/2008)