(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
matriz energética geração de energia
2008-06-06

O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, palestrou, no início da noite desta quinta-feira (05/06), no Plenário da Assembléia Legislativa gaúcha, sobre "A Matriz Energética para o Brasil e Para o Rio Grande do Sul". O evento integra o Diálogos de Convergência, do Programa Sociedade Convergente. O ministro destacou o fato de o crescimento do país estar sendo financiado por recursos próprios e não via endividamento. “Temos no Brasil uma matriz limpa, que representa 46% do total de energia produzido. No mundo todo, a média é de 13%”, ressaltou Lobão. “O que encarece os alimentos no mundo é o petróleo. Os fertilizantes vêm do petróleo”, exemplificou. “Merecemos aplausos e não críticas”.

Estiveram presentes autoridades como o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Alceu Moreira (PMDB), autor do convite ao ministro, o senador Sérgio Zambiasi (PTB), os deputados federais Henrique Fontana (PT) e Eliseu Padilha (PMDB), o secretário de Infra-estrutura de Logística, Daniel Andrade, e o presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, vereador Sebastião Melo (PMDB). Também participaram do evento representantes de universidades, empresários, trabalhadores e da sociedade civil organizada, além dos deputados Miki Breier (PSB), Aloísio Classmann (PTB), Alberto Oliveira (PMDB), Ronaldo Zülke (PT) e Kalil Sehbe (PDT).

“Creio que o parlamento moderno exige um comportamento convergente”, afirmou o ministro Lobão, ao iniciar a sua explanação. “O Rio Grande do Sul é um estado o qual todos os políticos brasileiros deveriam visitar com freqüência. É um estado que tem história e um passado glorioso”.  O ministro afirmou que o Brasil é hoje a sexta economia do mundo e que produz 1,8 milhão de barris de petróleo por dia: “Dentro de cinco anos estaremos produzindo 6 milhões de barris”.  Ele foi além: “Não somos mais o primeiro dos pequenos países, mas o último dos grandes. Temos que nos posicionar assim. E o país só andará para frente se tiver um estoque de energia como avalista para isso”.

Carvão

“No Rio Grande do Sul temos 96 usinas funcionando e que produzem cerca de 7 mil megawatts. Estamos avançando na construção da hidrelétrica a carvão em Candiota”, afirmou. “Há uma prevenção em relação ao carvão no mundo, mas não devemos pensar deste modo. Com as reservas que temos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina vamos ficar assistindo ao bonde andar? Em nome do que?”, questionou.

“Vamos autorizar a construção de uma termoelétrica a carvão no Rio Grande do Sul para ajudar nossos irmãos do Uruguai”, anunciou. Lobão contou que haverá uma sucursal em El Salvador para passar aos outros países o conhecimento adquirido pelo Brasil na área de energia.

“Temos uma legislação que, em alguns aspectos, está ultrapassada”, lamentou. “Muita coisa terá de ser modificada para que a riqueza mineral seja nacional e não de alguns”, afirmou. “A Petrobras paga cerca de 65% de impostos e as mineradores pagam 12% de impostos. Estas distorções precisam ser corrigidas para que o Brasil seja de fato íntegro”, analisou Lobão.

Perguntas

Ao final, representantes do Fórum fizeram perguntas ao ministro. “Temos uma matriz no Brasil que contempla energia limpa. A energia eólica é limpa, mas ainda é cara e de baixa produção. Tenho muito entusiasmo com a energia eólica, porém o custo tem de ser levado em conta”, afirmou o ministro, ao responder sobre as possibilidades de ampliação do investimento em energia eólica no Rio Grande do Sul. "O senhor, amanhã, conhecerá o maior projeto eólico da América Latina e que tem expectativa de duplicação", lembrou o deputado Alberto Oliveira, que fez um apelo, por meio de um ofício entregue por ele e pelas autoridades que integraram a mesa, para que o governo federal observe o setor com mais velocidade. "Eu e os meus assessores temos o maior interesse em resolver esta questão", garantiu Lobão.

Questionado sobre sua expectativa em relação à participação do sistema universitário nas mudanças da matriz energética brasileira, Lobão foi claro: “As universidades são fundamentais neste processo, principalmente na área de pesquisa. Isso é assim no mundo inteiro, apesar de, durante um tempo, não ter sido assim no Brasil”. 

Lobão admitiu a possibilidade de instalação no Estado de um terminal de GNL (Gás Natural Liquefeito), solicitada pela governadora Yeda Crusius.

Independência energética

Ao abrir o encontro, Moreira lembrou o histórico da vinda de Lobão ao Estado. “Nesta decisão produtiva o senhor nos dá a honra de estar conosco nesta noite. O Parlamento gaúcho se orgulha disso, de discutir questões que realmente interessem à sociedade gaúcha”, acrescentou. “Estamos trabalhando com as mais diversas formas de produção de energia possível e incluindo o Rio Grande do Sul nisso”. Moreira propôs a construção de uma agenda com todos os atores políticos, empresariais e técnicos. “O Rio Grande do Sul, que busca sua independência energética, quer estar presente neste processo”, sentenciou.

Agenda

Nesta sexta-feira (06/06), Lobão visitará, a partir das 9h45min, a Siderúrgia Riograndense, do Grupo Gerdau, em Sapucaia do Sul. Às 12h30, estará no Parque Eólico de Osório, da Empresa Ventos do Sul, em Osório, onde almoçará.
 
(Por Vanessa Lopez, Agência de Notícias AL-RS, 05/06/2008)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -