Os servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente lotados no Ibama e no Instituto Chico Mendes, reunidos em Assembléia Geral Extraordinária, decidem que:
- Considerando que a reforma administrativa imposta à área ambiental, em abril/07, promovida e gestada pelo Sr. Capobianco, foi feita sem nenhum planejamento e diálogo, causando um verdadeiro caos administrativo, ainda não superado;
- Considerando que após um ano da criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade muito pouco foi feito pelas Unidades de Conservação, que estão à deriva e a mingua;
- Considerando que o Sr. Capobianco esteve como presidente interino do Instituto neste período, e nada fez efetivamente em prol da gestão das UCs;
- Considerando que o Sr. Capobianco sempre se mostrou autoritário, centralizador e pouco afeto ao diálogo com os servidores, gerando um clima de desconforto e desmotivação generalizada;
- Considerando que houve aumento de 23% do orçamento aprovado, na ordem de R$ 570 milhões, mas que até 30 de maio em curso os instrumentos de repasse para as Unidades de Conservação não foram viabilizados;
- Considerando que a criação do Instituto Chico Mendes gerou vazios administrativos, áreas de sombreamento e conflito de competências apesar dos "Termos de Cooperação" com o Ibama;
- Considerando que as soluções e estratégias adotadas pelos gestores do Instituto foram totalmente ineficazes, e contribuíram para piorar a situação das UCs no que se refere a infra-estrutura e meios;
- Considerando que os Centros de Pesquisas foram deslocados de suas funções principais para funcionarem como Unidades Gestoras de muitas Unidades de Conservação, inclusive as localizadas em regiões distantes de suas sedes, sem que lhes fossem fornecida estrutura mínima administrativa para operacionalizar os recursos;
- Considerando que até o momento houve aumento de gastos públicos e de burocracia sem nenhuma melhoria das condições de trabalho do IBAMA e do Instituto Chico Mendes;
- Considerando que a presença do Sr. Capobianco é um fator que dificulta a construção positiva da gestão das Unidades de Conservação;
- Considerando que o Sr. Capobianco, ao invés de fortalecer o poder público na gestão ambiental, significa muito mais uma ameaça de privatização das Unidades de Conservação;
Repudiam a continuidade do Sr. Capobianco em qualquer cargo da gestão ambiental federal.
(ASIBAMA, Texto recebido por E-mail, 05/06/2008)