Nesta quinta-feira, a partir das 14h, a Câmara Municipal estará realizando audiência pública sobre a ampliação da Estação Ecológica (Esec) do Taim. A audiência, proposta pelo vereador Delamar Mirapalheta (PDT), pretende discutir todas as implicações da ampliação da estação ecológica, da criação de um Parque Nacional no entorno da Esec e de uma unidade de conservação do Banhado do Maçarico.
Foram convidados para o evento representantes do Ministério do Meio Ambiente, do Ibama e da Fepam, Prefeituras e Câmaras Municipais da região, mais moradores e proprietários do entorno da Esec/Taim, entre outros, que serão atingidos pela ampliação. A intenção, segundo o vereador Delamar Mirapalheta, é discutir a conveniência dos 33 mil hectares previstos para a reserva do Taim, levando em consideração toda a questão econômica envolvida.
ICMBio
Representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) irão participar do evento "para discutir a consolidação da Estação Ecológica do Taim", segundo informação repassada pelo instituto na tarde de ontem.
Conforme o ICMBio, o processo de consolidação - autorizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) - prevê a ampliação dos atuais 11.000 hectares para os 33.815 hectares já previstos no decreto de 1978 que designou como de utilidade pública a área de 33.815 hectares da região do banhado do Taim para a criação da Estação Ecológica.
O coordenador do Bioma Costeiro e Marinho da Diretoria de Unidades de Proteção Integral do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), Ricardo Castelli Vieira (que estará presente na audiência), disse que a discussão é oportuna, mas enfatiza que no momento a meta do instituto para este ano é a consolidação dos 33 mil hectares, sendo prematuras outras questões envolvendo a UC. Por outro lado, a administração da Unidade de Conservação já realizou três reuniões com o Conselho Executivo da Esec para debater o processo de consolidação.
Ricardo Castelli destaca a importância do Taim para a biodiversidade da região e argumenta que em todo o Rio Grande do Sul (em cerca de 27 milhões de hectares) existem atualmente apenas 0,6% de Unidades de Conservação de Proteção Integral e 1,75% de Áreas de Proteção Integral de Uso Sustentável.
Também participa do encontro o chefe da Esec, Amauri Motta. A audiência se inicia às 14h na Câmara de Vereadores do Rio Grande.
(Por Carmem Ziebell, Jornal Agora, 05/06/2008)