A qualidade do ar é afetada principalmente pela emissão de gases poluentes produzida pelos veículos nos grandes pólos de tráfego. O fator meteorológico é um agente catalisador que pode elevar o grau de poluição. A baixa qualidade do ar atinge de forma negativa a vida das pessoas que ficam expostas à poluição. O monitoramento no RS é realizado pela Fepam. A instituição faz o controle em seis municípios e em dez pontos diferentes. Além da Capital, em Sapucaia do Sul, Canoas, Caxias do Sul, Montenegro e Esteio.

Em Porto Alegre, o ponto mais crítico apontado pelos técnicos da Fepam é o entorno da rodoviária. Esse problema é conseqüência do intenso fluxo de veículos. Além dessa localidade, na Capital ocorre a medição de poluentes na esquina das avenidas Silva Só e Ipiranga e no bairro Jardim Botânico junto com a Faculdade de Educação Física da Ufrgs. Já nas outras regiões monitoradas, a localidade mais poluente é a da área da BR 116, em Canoas e Esteio.

A coordenadora do projeto Ar do Sul, da Fepam, Iara Martins, explica que os casos de ar regular ou inadequado estão relacionados às mudanças climáticas. Ela cita, por exemplo, que no verão a tendência é a elevação de casos onde o ar é considerado prejudicial à vida das pessoas. 'A poluição ocorre devido ao aumento na concentração de agentes poluentes. Sem chuvas e ventos, que promovem a dispersão, o nível é ainda maior', ressalta. Ela avalia que, devido à elevação de pontos monitorados, também ocorre aumento de pontos considerados inadequados. A idéia, destaca, é de que as pessoas evitem permanecer por muito tempo nas localidades onde o ar é considerado impróprio.

Conforme balanço de 2007, foram registrados 11 casos em que o ar foi considerado inadequado. Também foram constatados 450 eventos regulares, dentro do aceitável. O monitoramento da Fepam é feito por meio da Rede Manual, com coletas de 24 horas, de seis em seis dias, e da Rede Automática, com análise feita automaticamente. A poluição do ar ocorre quando são lançadas partículas, gases e vapores gerados por indústrias, veículos e termelétricas.

(Correio do Povo, 05/06/2008)