Eles são apenas 500. Esse é o efetivo do Comando Ambiental da Brigada Militar, responsável pela preservação da fauna, flora, mineração, pesca e pelo combate à poluição, produtos perigosos e maus tratos contra animais. O diferencial do policiamento ambiental, segundo o comandante, tenente-coronel Ladimir da Silva, está na natureza das atividades. 'Assim como o bombeiros, lidamos diretamente com questões técnicas. No nosso caso, a preservação da natureza', frisa.
Um dos desafios do Comando Ambiental é conter a pesca predatória. 'As fiscalizações envolvem os pescadores profissionais e amadores', esclarece. Essas ações acontecem nos locais de maior incidência de pesca, incluindo áreas interditadas (barragens). As operações são efetuados inclusive na orla marítima, a uma distância não superior a 3 milhas da costa, e em águas internas, incluindo lagoas, rios e estuarinas. Os patrulheiros também concentram as atenções para a extração de areia das margens dos rios dos Sinos, Gravataí e Guaíba. 'Realizamos inspeções nas atividades mineradoras, com ênfase para equipamentos, área de mineração e depósitos', explica.
Normalmente as ações acontecem a partir de patrulhamento previamente planejado ou por meio de denúncias que são atendidas por terra ou por água. Paralelamente, o órgão desenvolve o Programa de Educação Ambiental, com a formação de patrulheiros ambientais mirins. O objetivo, conforme Ladimir, é conduzir o ser humano e a coletividade na construção de novos valores sociais, na aquisição de conhecimentos, atitudes, competências e habilidades para a conquista e a manutenção do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
(
Correio do Povo, 05/06/2008)