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tecnologias limpas política ambiental alemanha
2008-06-05

A disparada dos preços do petróleo é mais um bom motivo para o uso do biogás e, neste setor, a Alemanha é um caso exemplar do aproveitamento de tal fonte para a geração de eletricidade, que ainda ajuda a reduzir a poluição. A Alemanha quer se tornar líder em energias renováveis em 2020 e estabeleceu como meta ter 50% da sua energia vinda de fontes renováveis em 2050. Para isso, conta com subsídios como a produção descentralizada, sinergia empresarial e inovação tecnológica. 

O país possui 3,7 mil usinas de biogás, que utilizam uma mistura de rejeitos agrícolas, da suinocultura ou de efluentes industriais e grãos, que favorecem uma maior produção. O objetivo do governo alemão é aumentar a produção de biogás em 40 mil MW em 2020. O biogás é quimicamente igual ao gás natural produzido com combustíveis fósseis, a diferença é que sua obtenção é a partir da decomposição por bactérias de matéria orgânica, que pode ser os dejetos do esgoto sanitário ou da suinocultura, por exemplo.

O biogás produzido pela Alemanha, que responde por 90% do mercado europeu, é hoje utilizado basicamente para suprir a demanda elétrica. Somente em 2007, o país instalou 211 novas unidades. “A expectativa era de 500 a 800, porém começamos a sentir a mudança do preço dos grãos”, explica a arquiteta Iara Dreger, responsável pelas aquisições e vendas da Biogas Nord, geradora de biogás na Alemanha.

Legislação favorável
Uma das principais razões para o país ser líder no setor é o Ato de Energias Renováveis (EEG, em alemão). A lei obriga as empresas de energia elétrica a comprar energia gerada por fontes renováveis a preços abaixo do mercado. Iara conta que esta legislação estava sendo renovada no ano passado, o que gerou um período de indefinição e fez com que muitas empresas preferissem ter um novo quadro definido antes de investir.

O valor recebido pela produção da energia na Alemanha varia de acordo com diversos atributos, como quantidade de energia produzida, uso de grãos, aproveitamento de energia térmica, tamanho da usina, etc. Em uma espécie de tabelas de pontuação, quanto mais itens forem incluídos no projeto da usina, maior será o valor pago pela energia produzida.

Porém Iara ressalta que quando mais se produz, menos se ganha, pois o objetivo do governo é estimular a produção descentralizada e de pequena escala. “Para usinas que produzem até 150 KW, se você fizer uso de todos os atributos, no geral você ganha 20,67 centavos por quilowatts. Este valor cai para 11,79 centavos para usinas com mais de 5MW”, exemplifica. Nos novos valores, quee começam a valer em 2009, a variação é ainda maior: entre 12 centavos, para aquelas com mais de 5MW, até 27 centavos, para usinas de até 150MW.

Centros Tecnológicos
O setor de energias renováveis anda tão superaquecido na Alemanha que hoje sobram empregos e falta pessoal qualificado. Para atender esta demanda e promover uma maior interação entre as empresas, as respostas vêm de ações locais. Na cidade de Lichtenau, por exemplo, o setor privado se juntou a prefeitura para criar um centro tecnológico para energias futuras.

“O centro comporta 20 empresas na área de energia renovável, o que permite dar continuidade a grandes projetos”, explica o professor de sociologia da tecnologia e da indústria, Guenter Voss, do Centro Tecnológico de Lichtenau (TLZ, na sigla em alemão). Desde a criação, há cerca de 20 anos, a TLZ já construiu centros energéticos com capacidade total de 1.211MW. “Movimentamos 1,5 bilhão de euros com estes projetos”, afirma Voss.

O centro também funciona como uma incubadora de empresas, além de promover a diminuição de custos com escritórios das empresas, que dividem um mesmo espaço. “As empresas não tem visão de lucro com o centro tecnológico, mas objetivam desenvolver novas tecnologias e facilitar o contato, inclusive internacional, para que novas empresas entrem no mercado”, diz Voss.

(Por Paula Scheidt, Carbono Brasil, 04/06/2008)

 

 


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