O presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Alceu Moreira (PMDB), confirmou que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, aceitou o seu convite e chegará ao Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (05/06). O primeiro compromisso do ministro no Estado será uma visita às obras de ampliação da capacidade de geração da Usina Presidente Médici para 350 megawats, denominado Fase C, em Candiota. A chegada de Edison Lobão e Alceu Moreira em Candiota está prevista para as 10h30.
À tarde, Edison Lobão estará em Porto Alegre. Será o palestrante do Diálogos de Convergência, uma das ferramentas do Programa Sociedade Convergente, proposto pelo presidente do Legislativo. O ministro falará, às 18h, no Plenário da Assembléia, sobre a matriz energética para o Brasil e o Estado. "Vamos discutir a possibilidade de criarmos uma política permanente, sistêmica e definitiva de energia eólica para o Brasil, o que permitiria a instalação de fábricas de instrumentais em nosso país, barateando muito o custo", afirmou Alceu Moreira. Ao final de sua manifestação, o ministro responderá a dez perguntas formuladas por representantes do Colégio Deliberativo do Fórum Democrático.
Existe também a expectativa de que seja tratada a possibilidade de realização de um leilão exclusivo para energia eólica no RS.
O projeto
A construção da Fase C da Usina Termelétrica Presidente Médici é o principal projeto de expansão da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), estando incluído no Plano Plurianual (2004-2007) do Governo Federal. A construção desse empreendimento significa a retomada da utilização do carvão na produção de energia elétrica para atendimento do mercado brasileiro, duplicando o atual consumo deste combustível no Estado, propiciando a geração de empregos e distribuição de renda à Metade Sul.
Com investimentos superiores a 330 milhões de dólares, a obra iniciou em julho de 2006 e a conclusão está prevista para o final do próximo ano. A obra foi concebida pelo governo gaúcho no inicio da década de 80, fruto de acordo entre os governos do Brasil e da França para incrementar a produção brasileira de energia elétrica a partir do carvão. O projeto previa a construção de seis unidades geradoras de 335 MW cada.
Em 1981, foram adquiridas partes importantes da primeira unidade, cujos equipamentos e materiais ficaram estocados em depósitos na França por alguns anos. O projeto foi paralisado pelo governo estadual em 1985. No governo Olívio Dutra, foi viabilizada a transferência dos equipamentos para o governo federal e armazenados em Candiota para que a CGTEE conduzisse a implementação da unidade geradora já parcialmente adquirida.
(Por Roberta Amaral, com Vanessa Lopez, Agência de Notícias AL-RS, 04/06/2008)